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22 de set. de 2010

Ciúme – a erva daninha da nobre função


O ciúme é um sentimento letal. Aos poucos ele se apodera e torna escravo aquele que a insegurança permitiu crescer.

Infelizmente o ciúme é um sentimento vivo dentro do universo da arbitragem. O árbitro (regra 05) vê o outro árbitro como adversário. Demonstra sua insegurança ao tomar conhecimento da escala, querendo pra si o jogo do companheiro, ao invés de desejar-lhe boa sorte.

O ciúme está intimamente relacionado à inveja, a diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda. O ciúme é um desconforto, raiva e atormenta aquele que cobiça algo que outra pessoa possui. O ciúme esmaga a auto-estima e se torna numa verdadeira erva daninha.

O árbitro deve evitar ser corrompido por esta “erva daninha”. O treinamento físico, o estudo do espírito das 17 regras e as diretrizes que compõe a Carta Magna do futebol, bem como o companheirismo, amizade e lealdade, forjados no seio familiar, formará a vacina da imunidade contra esta praga.

O árbitro imune tem o respeito e admiração da classe. O árbitro imune ocupa seu tempo livre em beneficio da nobre função. O tempo livre da viagem longa, onde a equipe de arbitragem segue junta no mesmo carro, ônibus ou avião, tempo para o intercâmbio de informação. Tempo para o planejamento do trabalho a ser utilizado na partida. Tempo para se conhecerem. Tempo da arbitragem de futebol.

O ciúme é venenoso e, atinge os árbitros inseguros. Os que abrem os ouvidos aos fofoqueiros, as intrigas, aos invejosos e principalmente, aos derrotados, pois estes são os que se vestem de cordeiros e, na verdade são lobos famintos, que se utilizam das oportunidades para se darem bem.

Somente a vacina não garante total imunidade. Que será obtida através da maturidade e do amor. Assim, esta erva daninha será banida do universo da arbitragem.

Por Valter Ferreira Mariano

2 comentários:

Grace Paganini disse...

Como não da pra cortar o mal pela raiz, o jeito é aprender a lidar!!!
Bjs amigo

Unknown disse...

Esta um espectáculo...
Boa sorte na carreira...
e continue a escrever textos deste género que deixam qualquer leitor estupefacto...
e cuidado...
há por ai muito lobo faminto a solta!

Um abraço.

Christian Correia