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21 de dez. de 2011

O universo da arbitragem de futebol deseja a todos um feliz Natal e um excelente 2012!

El mundo del fútbol árbitros les desea a todos una feliz Navidad y un gran 2012!

The world of football refereeing wishes everyone a happy Christmas and a great2012!



Le monde du football arbitrage souhaite à tous un joyeux Noël et une grande 2012!

refereeing 축구 세계는 모든 사람에게 행복한 크리스마스와  2012 되시길 기원합니다!

16 de dez. de 2011

14 de dez. de 2011

Final Paulista LINAF


Árbitro: Valter Ferreira Mariano, AA1 Rafael Cesar Fernandes e AA2 Graciana Fernandes Paganini

Santos 2x1 Corinthians Final do Paulista Feminino LINAF 15/09/2009 (acervo)


Árbitro: Valter Ferreira Mariano, AA1 Rafael Cesar Fernandes e AA2 Graciana Fernandes Paganini

Os fatores que os comentarias não cometam.


árbitro Valter Ferreira Mariano - Bom  posicionamento

Em tempos de campeonato é impossível não ouvir ou assistir uma partida de futebol. Seja no estádio ou no campo de várzea, seja no bom e velho radinho de pilha ou nas modernas televisões digitais (LCD) ou de plasma, e dessa maneira é impossível não observar as criticas sobre o desempenho dos árbitros (regra 05) ou de seus árbitros assistentes (regra 06).

Criticas sempre emitida de forma negativa, ferindo a imagem do árbitro, transformando em vilão, causador da derrota desta ou daquela equipe. Elas são o combustível na formação da opinião dentre os torcedores, que o árbitro “roubou” o seu time de coração.

Simples e muito cômodo observar o universo da arbitragem de futebol detectando erros através dos olhos frios da câmera de televisão, nos mais variados ângulos possíveis, em slow motion, no famoso tira tema, difícil é observar estes mesmos erros pelo olho humano do árbitro. Ver os fatores que compõe a dinâmica de arbitrar uma partida, estes sim deveriam ser avaliados e comentados, dando ao torcedor a verdadeira imagem do árbitro a toda a sociedade futebolística.

Fatores como a colocação e o deslocamento do árbitro durante a partida, pois uma péssima colocação e um deslocamento lento pode fazer a diferença num lance decisivo. Um árbitro assistente bem colocado terá uma ampla visão de uma situação de impedimento (regra 11). Um árbitro que tem ótimo deslocamento, sempre estará próximo da jogada. Assim ambos terão sempre uma excelente posição para determinar se houve ou não irregularidade.

Outro fator que deveria ser avaliado é o posicionamento nas bolas (regra 02) paradas, por exemplo, num escanteio (tiro de canto – regra 17), para uma melhor visão, seu posicionamento deverá ser do lado oposto  desta cobrança, na entrada da área penal, afastado do bolo de jogadores, de olhos voltados pra dentro desta área e tendo o goleiro no seu campo visual.

O preparo físico será colocado em prova sempre que o árbitro necessitar de um deslocamento rápido, isso também se aplica aos seus assistentes, principalmente numa situação de contra ataque veloz onde sua corrida será sempre com olhos atentos posição da bola e do penúltimo defensor.

Uma boa sinalização é imprescindível, não deixa duvida de quem é a posse da bola. Inibe os empurrões e bate boca entre os jogadores que querem a mesma coisa, ou seja, a posse da bola.

São fatores que os peritos em arbitragem ignoram ao comentar a atuação do árbitro, pois seu foco principal é apontar o erro e não verificar o motivo que levou o arbitro a cometê-lo, passando que tal erro foi cometido de forma leviana e premeditado. Isso é ruim para futebol, pois promove a imagem que os árbitros estão lá para determinar o vencedor da partida.

Por Valter Ferreira Mariano

6 de dez. de 2011

O antidoto para imprensa futebolística!

Paulo César de Oliveira FIFA/SP

O direito à informação, consagrado na Constituição Federal, requer dos veículos de comunicação senso ético, responsável e isento, onde deve prevalecer um bom jornalismo.

A imprensa esportiva, principalmente a que tem o futebol como seu carro chefe, tem grande influência na formação de opinião dos ouvintes e telespectadores, que são torcedores loucos pelo time do coração, sendo que esta não deve ser confundida com informação. Os programas esportivos exibidos nos canais de televisão bem como nas rádios, têm o direito legítimo de expor suas preferências, porém, sem contaminar a mente do torcedor, deformando a realidade de um resultado de revés, atribuindo o mesmo a um erro de arbitragem.

A matéria de cunho opinativo deveria ser feita em forma de editoriais ou nas manifestações dos torcedores, quando entrevistados.

Em época de final de campeonato, exacerbar de forma negativa as atuações dos árbitros (regra 05) e dos árbitros assistentes (regra 06) a partir de repetição de imagem obtidas pelos olhos frios das câmeras de televisão espalhadas por vários ângulos ou na utilização de recursos eletrônicos do tipo tira-tema, é uma maneira de direcionar a opinião do torcedor, levando ao perigoso caminho da desconfiança, onde a arbitragem manipula resultado, no sentido de beneficiar este ou aquele clube.

Neste caminho, narrador, comentarista e repórter, têm papel decisivo. Cabe a estes determinar de que forma o erro de arbitragem deve ser visto e abordado. A partir da convicção destas pessoas e conhecimento da Carta Magna do Futebol – Livro de Regras, deve informar ao público a verdadeira face do erro, sem o interesse de transforma-lo em mártir para obter IBOPE.

O antídoto para esta situação é a realização de cursos de arbitragem com os membros da imprensa futebolística. Transformando-os de leigos em embaixadores da Carta Magna. Onde com o novo conhecimento adquirido poderão passar ao seu público (torcedores) a verdadeira imagem do Universo da Arbitragem de Futebol. Passando a responsabilidade do revés aos jogadores que não se empenharam durante a partida, aos treinadores que escalaram seus times de forma equivocada ou fez substituições que não deveriam fazer e aos cartolas que fizeram contratações erradas ou simplesmente sumiram com as finanças do clube.


Por Valter Ferreira Mariano

28 de nov. de 2011

O inimigo da paixão!

Valter Ferreira Mariano
Ao entrar no solo sagrado (campo de jogo – regra 01), o árbitro (regra 05) percebe o tanto que é admirado. Uma admiração não agradável, uma admiração vinda da desconfiança, por considerá-lo inimigo de sua paixão, inimigo do seu time de coração.

Na verdade todos aqueles que estão fora do universo da arbitragem de futebol não tem consciência do que falam sobre os árbitros, críticas sem fundamentos, destrutivas e malignas, pois estes não possuem o espírito do jogo e sim o espírito da paixão, e paixão não combina com a razão.

Todavia este outro universo de pessoas não podem imaginar as dificuldades que um árbitro de futebol tem para desenvolver sua função. Estas dificuldades tem início ao comparamos o tanto que ele deve correr atrás da bola (regra 02), porém não pode toca-la, num espaço que varia de 90 a 120 metros de comprimento por 45 a 90 metros de largura (campo de jogo – regra 01), devendo estar sempre bem próximo do lance, sem interrupção em sua corrida, sem descanso, podendo ao final do jogo ter percorrido mais de 14 quilômetros.

Outra dificuldade que o árbitro encontra principalmente dentro do campo de jogo (regra 01) é a falta do conhecimento da Carta Magna do Futebol por parte jogadores (regra 03) e treinadores, isso é uma pedra no caminho do bom andamento da partida, pois uma simples marcação de falta (regra 12) é motivo para divergência entre o árbitro e jogadores, e estes sempre querem ter razão ao ponto que quando entrevistados não medem palavras para falar mal da arbitragem.

O árbitro vive constantemente vigiado pelos olhos frios das câmeras de televisão. Sobre os olhares de desprezos dos torcedores. Dos olhares dos jogadores e treinadores que sempre o focam como inimigo. Da falta de tolerância e de compreensão quando um erro é cometido, erro este permitido pela sua natureza humana. Até mesmo quando do acerto passa não ser acerto, pois todos o julgam pelo coração e não pela razão, ou simplesmente no caso da imprensa para obter mais IBOPE.

O árbitro passa toda a sua carreira carregando a imagem de “ladrão”, inimigo da paixão do torcedor, não importa onde vai apitar, ao entrar no campo de jogo será logo ovacionado com este “título” e esta dificuldade ele deve tirar de letra, pois sabe que seu conhecimento da Carta Magna do Futebol o  transforma em pessoa diferenciada, o transforma em árbitro de futebol.

Por Valter Ferreira Mariano

23 de nov. de 2011

Regra 11 e sua obscuridade.

“Que mostra que nem sempre a ‘Regra é Clara’: quais as mãos que ‘tiram’ ou não um impedimento?”

A expressão cunhada pelo ex-árbitro Arnaldo Cézar Coelho de que a “Regra é Clara”, caiu há tempos no gosto popular. Claro, repetida como um mantra nos jogos da principal emissora de televisão país tinha que se tornar uma verdade pelo senso comum. Mesmo que ela não seja em alguns casos.

Uma situação que contraria o bordão pode ser um detalhe da Regra 11 (Impedimento): Discernir a famosa “mesma linha” de um impedimento. O que é a ‘mesma linha’?

Tenho num caderno de anotações de uma das Pré-temporadas que participei em preparação ao Campeonato Paulista (2004), onde está grifada a expressão: “tronco, cabeça e pé devem ser levados em conta e MAIS NADA” (rabiscos de uma discussão sobre o tema). Isso se refere a distinguir a mesma linha: se o tronco, cabeça e pés do atacante da equipe A e os equivalentes do zagueiro da equipe B (que é o penúltimo jogador adversário) estão em mesma linha, segue o jogo. Mas estando o pé do atacante à frente, mesmo com o tronco em mesma linha, dá-se o impedimento. Entretanto, se for à mão desse mesmo atacante ao invés do pé, não se dá o impedimento, pelo fato de que o atacante não pode dominá-la (seria falta, pelo uso indevido das mãos na bola, infração da regra 12).

Mas e se a mão fosse do adversário?

Ôpa! Aqui vem a discussão inteligente. Vamos lembrar a Regra 11? Em suma:

“O jogador estará impedido se estiver mais próximo da linha da meta adversária exceto se tiver dois ou mais atletas entre eles ou em mesma linha não valendo impedimento para lances de escanteio, arremesso lateral, tiro de meta ou quando o jogador é lançado de seu próprio campo.”

Ele estará em impedimento ativo quando:

1- Interferir ativamente no lance, tocando-a;

2- Interferir contra um adversário;

3- Interferir por tirar proveito da sua posição.


A polêmica começa a surgir nas diretrizes da Regra do Jogo 2012:

Impedimento “mais próximo da linha de meta adversária” significa que qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés encontra-se mais próxima da linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo adversário. Os braços não estão incluídos nessa definição.

Se preferir o texto original, estão na pág. 102 do livro de Regras que a FIFA disponibiliza em seu site, na seção de “interpretação das regras” (Interpretation of the Laws of the Game and Guidelines for Referees):

“nearer to his opponents’ goal line” means that any part of a player’s head, body or feet is nearer to his opponents’ goal line than both the ball and the second-last opponent. The arms are not included in this definition.

Portanto, não há dúvida na tradução: braços (e consequentemente mãos) do jogador da equipe que ataca é proibida. Claro, afinal, se ele tocar a bola com as mãos ou braços, é infração punível com tiro livre direto ao adversário. Portanto, não podem ser levados em conta no impedimento, pois não se joga com esses membros.

Porém…

Quem disse que isso vale também para a equipe que defende?

Toda a atualização, não só na carreira de um árbitro, mas na vida profissional e pessoal de qualquer cidadão, se faz necessária. E quando se tem amigos mais competentes que você, nada melhor do que trocar informações, ouvir, discutir e aprender. Sendo assim, liguei ao nobre professor Gustavo Caetano Rogério, meu formador como árbitro de futebol (e de centenas de outros árbitros – e que curioso- os FIFAs de São Paulo de hoje são todos formados por ele, quando a frente da CEAF-SP e da EAFI, em conjunto com Antônio Cláudio Ventura). No bate-papo, a lembrança da existência do Espírito da Regra do Jogo para se elucidar dúvidas do texto (no futebol, deve-se buscar e privilegiar o gol sem nunca produzir benefícios ao infrator). E o consenso (aliás, dois consensos):

CONSENSO 1 - a regra é obscura se há equivalência na interpretação da mão do zagueiro estar na frente da mesma linha do corpo (ela importa ou não para avaliar o impedimento?), pois, afinal, o texto só fala da exclusão da mão do atacante, mesmo estando mais próxima da linha de fundo adversária. Portanto, a regra não é clara (nem sua diretriz) sobre CONSIDERAR OU NÃO A MÃO/BRAÇO DO ZAGUEIRO. Você pode interpretar que se ele não é um atacante, e pela omissão da regra, poderia levar em conta esse mesmo braço do zagueiro adversário e considerá-lo um elemento que dê condição ao atacante. Só que também pode interpretar que, assim como o atacante não pode fazer uso das mãos, o penúltimo jogador zagueiro também não. O consenso é: a redação da diretriz deixa a dúbia interpretação.

CONSENSO 2 – e se o penúltimo jogador da defesa for o goleiro? A regra fala em second-last opponent, ou seja, o segundo último oponente, que pode ser zagueiro ou goleiro. Imagine o lance: Bola lançada para o centroavante da equipe A, que é o jogador mais avançado da equipe que ataca, e está posicionado dentro da área penal. Quando a bola é lançada, por motivos quaisquer do jogo, o zagueiro da equipe B, que defende, está embaixo do travessão, e o goleiro da equipe B na mesma linha do atacante A. Se o goleiro estiver com a mão esticada em direção à sua linha de meta, DEVE-SE CONSIDERÁ-LA; afinal, ele pode usá-la dentro da área penal (coisa que o zagueiro não pode).

E aí, confesso que fico na dúvida: o ‘dito-cujo’ que escreveu a regra não cita nada em relação ao adversário propositalmente, pela específica situação do goleiro, acreditando que os especialistas dirimiriam facilmente essa questão (zagueiro nãoleva em conta a mão e goleiro leva, portanto a não especificação no texto), ou simplesmente redigiu de maneira duvidosa e inconscientemente, não levando em conta a discussão “se do atacante pode, do zagueiro também poderia ou não?”.

Penso que a segunda hipótese é a correta. E entendo o seguinte (aqui, é interpretação pessoal): apesar de o texto citar a mão/braço do atacante e se omitir em relação ao zagueiro, ambas não podem ser levadas em conta no impedimento (exceto o goleiro da equipe que defende, pois pode fazer uso delas). A questão de se citar o atacante seria apenas um reforço para a afirmação da ideia de que só podem ser analisadas as partes ‘jogáveis’ para saber se alguém está à frente (por isso a citação de cabeça, tronco e pés, e o lembrete: braço/mão não pode). Valeriam, por tabela, a um suposto zagueiro.

Cá entre nós: 44 minutos do 2º tempo os seja 89 minutos, um time precisando ganhar e no ataque, o outro tem até o presidente dentro da área penal, pois não pode perder… Será que os jogadores e torcedores teriam paciência em lembrar-se desses detalhes da regra e da discussão se ‘pode ou não pode’? Vai poder para quem interessar e não vai poder para quem se sentir prejudicado…

E você, o que pensa sobre tudo isso? Deixe seu comentário:

Por Professor Rafael Porcari

Texto original no blog do meu nobre amigo Professor Rafael Porcari
Foto: A linda e competente árbitra assistente Graziele Crizol  

Professor Gustavo Rogerio Caetano - deixo aqui uma agradecimento em especial pois tanbem fui um dos seus alunos na EAFI (Escola de Árbitros Flavio Iazzeti - Federação Paulista de Futebol).

21 de nov. de 2011

Reveja a entrevista com árbitra Graziele Crizol

Mulher tem o raciocínio rápido

Não é surpresa o avanço feminino em todos os setores da vida. Nos mais complexos exercícios profissionais elas estão presentes. E, agora, mais do que nunca invadindo a área das arbitragens o que pelo menos há dez anos atrás dava a impressão de que seria uma categoria profissional única e exclusivamente voltada ao sexo masculino.

Você a seguir vai ler a entrevista concedida via e-mail por Graziele Crizol, árbitra da Federação Paulista de Futebol, que é formada em Licenciatura Plena em Educação Física - Universidade do Grande ABC, Pós Graduada em Arbitragem Desportiva – Iwl e Pós Graduada em Ginástica Artística – Austin (Texas – USA), e além da FPF é árbitra da CBF, e embora não manifeste na entrevista que tem como grande meta chegar a uma Copa do Mundo Feminina, talvez em função da sua humildade, deixou nas entrelinhas que vai buscar um lugar de destaque para o próximo Mundial da categoria.

Entende ela que não há nenhuma diferença para que o homem seja absoluto na área do apito, sendo que a mulher é até mais relevante dado seu raciocínio rápido e por isto dificilmente erra nas suas conclusões.

Num esporte extremamente machista e preconceituoso o que a motivou fazer o curso de árbitra de futebol? Primeiramente a paixão pelo esporte, pois desde pequena acompanhava meu pai nos jogos de futebol amador da cidade. Já na faculdade de Educação Física jogava futebol com freqüência, e foi quando fui assistir uma partida em Santo André no estádio Bruno José Daniel, observei uma mulher bandeirando, e a partir daí me chamou a atenção, e me motivou a fazer o curso. Procurei a árbitra Silvia Regina de Oliveira (ex-árbitra da FPF e da Fifa), que me incentivou e me deu os primeiros toques para o ingresso na profissão.

Você é arbitra ou árbitra assistente? Sou árbitra assistente da Federação Paulista de Futebol e CBF/FEM.

Qual foi o jogo mais importante da sua carreira até o momento? Final da Copa do Brasil Feminina de 2009, entre Santos FC x Botucatu FC.

Pretende apitar jogos de maior magnitude ou entrou no futebol apenas para obter fama. Passa pela sua mente atuar em jogos da Conmebol e da Fifa? Acredito que o reconhecimento seja o resultado de um bom trabalho, e a fama não é meu foco, meu objetivo é fazer bem o meu trabalho dentro de campo. Com relação a Fifa e Conmebol, não aspiro esses jogos, atualmente gostaria muito de atuar na serie A do campeonato Brasileiro.

Em quem você se espelha para atuar como árbitra ou já adquiriu estilo próprio. A maior referência que tenho como arbitro é o italiano Pierluigi Colina, porém acredito que tenho meu jeito de atuar. Outra influência que tive dentro dos gramados foi a árbitra Silvia Regina, atualmente Instrutora de Arbitragem da FPF, CBF e da Fifa, que venceu vários obstáculos para chegar a elite do futebol nacional. Esse exemplo de garra me ajuda muito.

O experimento de dois árbitros adicionais autorizado pela Fifa atrás das metas na sua opinião auxilia a arbitragem a dirimir os lances polêmicos? Eu aprovo essa experiência, pois acredito que ajudaria e muito a diminuir os erros, e minimizar as polêmicas. Mas não gosto muito da idéia de usar os recursos eletrônicos para ajudar os árbitros dentro de campo, acredito que o espetáculo perderia um pouco da beleza. Penso que os erros dos jogadores deveriam ser tão comentados, quanto as polêmicas criadas em cima da arbitragem.

Qual é a sua opinião sobre a implementação da tecnologia no futebol. Ajuda ou tira o aspecto humano como afirma Joseph Blatter o presidente da Fifa. Concordo com o presidente da Fifa e entendo que a utilização de recursos eletrônicos, não irá deixar o espetáculo mais interessante.

A senhorita aceitaria posar nua se fosse convidada por alguma revista do gênero? Não, de maneira alguma

 É solteira, casada, pretende ter filhos ou está focada única e exclusivamente na sua carreira. Hoje estou focada na minha carreira, e não costumo comentar sobre minha vida pessoal.


FONTE: BLOG - APITO DO BICUDO
VISITE O BLOG:  Árbitra Graziele Crizol

16 de nov. de 2011

SAI AS PENAS AOS AGRESSORES DO ÁRBITRO ASSISTENTE NO ÂMBITO DESPORTIVO.

Dois dos três homens acusados pela Polícia Civil de agressão e de ameaça ao árbitro-assistente José Nelito Fidélis foram julgados nesta quarta-feira, às 19h, pela Liga Campineira de Futebol. Eduardo Honorato Almeida dos Santos, de 29 anos, foi punido com 1.350 dias (3 anos e 255 dias) e Marcelo Almeida dos Santos, de 27, foi punido com 1.300 dias (3 anos e 205 dias). Enquanto que Adeni Almeida dos Santos, de 52 anos, pai de Eduardo e também envolvido nas acusações de agressões, por não ter vinculo com a instituição responderá somente à polícia, pelo crime de ameaça.

14 de nov. de 2011

Agressores de árbitro são identificados e confessam crimes

Os três homens acusados de agressão e de ameaça ao árbitro-assistente José Nelito Fidélis confessaram os crimes, na manhã desta sexta-feira (11), em depoimento ao delegado titular do 3º Distrito Policial, Luiz Henrique Apocalypse Joya. Eduardo Honorato Almeida dos Santos, de 29 anos, e Marcelo Almeida dos Santos, de 27, respondem pelo crime de lesão corporal. O pai de Eduardo, Adeni Almeida dos Santos, de 52 anos, é acusado pelo crime de ameaça. Antes dos depoimentos, Fidélis fez o reconhecimento pessoal dos acusados. O nome do quarto suspeito não será divulgado para não atrapalhar nas investigações.

A agressão aconteceu no sábado (5), após a final do Campeonato Veterano de Futebol Amador, na Praça de Esportes Salvador Lombardi Neto, no Jardim Eulina, em Campinas. O Grêmio Esportivo Família Unida, de Sumaré, derrotou por 2 a 1 o Ajax, do Jardim Maria Rosa de Campinas

A Polícia Civil aguarda a chegada do laudo de exame de corpo de delito para identificar o grau das lesões. Em caso de lesão corporal grave os acusados podem pegar até três anos de prisão. Se for constatada lesão corporal leve a pena máxima é de dois anos. Adeni pode pegar pelo crime de ameaça a pena de um ano de prisão. Além do laudo, a polícia aguarda a identificação do quarto suspeito para instaurar o inquérito e encaminhar o processo para a Justiça.

O EPCampinas tentou contato com os três acusados, porém segundo Aílton Almeida dos Santos, presidente do Ajax e pai de Marcelo, os três não estão na cidade.

10 de nov. de 2011

Dores após agressão em jogo impedem árbitro-assistente de trabalhar

José Nelito Fidélis, que ganha R$ 30 por partida, é instalador de antenas de televisão

A agressão sofrida na final do Campeonato de Veteranos, sábado (5), em Campinas (veja ao lado), ainda deixa marcas no corpo e também na rotina de José Nelito Fidélis. Com dores nas costas, ele está impossibilitado de trabalhar como instalador de antenas de televisão, sua ocupação principal, sem previsão de volta. Nas horas vagas, Fidélis é árbitro-assistente para ganhar R$ 30 por partida.

O diagnóstico foi dado nesta quarta-feira (9), após nova consulta médica. "Ele não queria voltar ao médico, mas um amigo o conveceu", revelou a mulher de Fidélis, Andréia Cândido da Silva, que também contou a reação do filho, de 11 anos, e da filha, de cinco anos, em relação ao episódio: ambos ficaram chocados.

"O que aconteceu com o meu marido é uma brutalidade. Ele estava lá fazendo o trabalho dele e apanhou", disse. A família de Fidélis mora no Jardim Eulina, onde aconteceu a decisão do torneio amador entre o Ajax do bairro Maria Rosa,  e o Grêmio Recreativo Família Unida, de Sumaré. Com o placar 2 a 1 para a equipe de Sumaré no fim do segundo tempo, os dirigentes do Ajax partiram para cima do árbitro principal. "Ele conseguiu escapar e aí sobrou para mim", contou Fidélis.

Punições

Segundo o presidente da Liga Regional Desportiva, Wallace Nogueira Rocha, a abertura do processo de punição aos agressores depende do relatório do árbitro da partida para identificar os responsáveis pela briga. A previsão é que o julgamento aconteça na quarta (16). Os culpados podem pegar pega mínima de 180 dias de suspensão.

Uma reunião na quinta (10) com os dirigentes dos clubes do campeonato discutirá a agressão e definirá as diretrizes para a próxima temporada. Rocha adianta que, em caso de novas ocorrências nos jogos, a equipe envolvida será excluída da competição.

Reponsável pela arbitragem da Liga, a empresa RCF Eventos Esportivos exigirá policiamento nos jogos, segundo João Antônio Fernandes Neto, responsável pela empresa.

O responsável pela RCF João Antônio Fernandes Neto disse que vai participar da reunião desta quinta (10) para analisar as propostas para o campeonato do próximo ano. Neto revelou que para a próxima temporada vai exigir policiamento para as partidas. Para Rodrigo Moraes, outro árbitro da Liga, a revolta tomou conta da classe após o episódio de sábado.

"Todos nós estamos lá muito mais por gostar de futebol do que pela remuneração. Sem segurança não dá para continuar", comentou. Os árbitros recebem R$ 60 por jogo - o dobro de um árbitro-assistente. Moraes espera que medidas sejam tomadas e não descarta uma paralisação dos árbitros em caso de novas agressões.

Materia esta publicada no site : EP Campinas

9 de nov. de 2011

FORMATURA DA 2ª TURMA – 2011

A EAMAR - Escola de Árbitros Marco Antônio Ribeiro, Liga Campineira de Futebol, ACAF – Associação Campineira dos Árbitros de Futebol e RCF Eventos Esportivos, convida a todos a participar da cerimonia de entrega dos diplomas aos formandos da 2ª turma do Curso de Árbitros de Futebol, a ser realizada dia 21 de novembro, as 19hs, no auditório da Liga Campineira de Futebol.

8 de nov. de 2011

AGRESSÃO COVARDE NO FUTEBOL AMADOR DE CAMPINAS

O que o futebol é na verdade? Uma válvula de escape para os problemas sociais? Pois bem, faço tais perguntas, pois necessito da resposta.

No ultimo sábado, dia 05 de novembro, encontrei com meus nobres companheiros de arbitragem, como sempre muita cordialidade e amizade inalava no local de encontro, uns contando sua semana, outros falando um pouco de futebol, mas todos na expectativa de sair para cumprir as escalas do sábado no futebol amador de Campinas e região.

Um deles até solicitou-me um jogo de cartão e apito, tinha um par reserva na bolsa e lhe passe de bom grado, brincando fale a ele _ Hoje com este apito novo vai dar aula de arbitragem! Pois bem, brincadeira a parte todos foram recebendo suas designações, uns na categoria de base, outros no amador, uns no master e outros no veterano, escala fechada vamos para o solo sagrado (campo de jogo – regra um), todos como sempre com o sorriso estampado no rosto.

Das escalas uma chamava atenção, a que se referia a final do campeonato de veterano da Liga local, sabíamos que apenas três teriam o privilegio de trabalhar nesta partida.

Definida a escala pelo diretor de árbitros, os felizardos foram congratulados pelos demais companheiros presente, um deles, cheio de alegria, pois toda final, enche o ego, um reconhecimento pelo trabalho realizado.

Durante a partida, aparentemente tranquila, sem lances complicados e nem polémicos, tudo se encaminhava para um desfecho normal com um vencedor merecedor do titulo. Pois engano, após o apito final do árbitro (regra cinco), alguns torcedores e diretores da equipe derrota invadiram o campo de jogo e partiram pra cima do árbitro assistente (regra seis), onde covardemente o agrediram com socos, pontapés, voadoras e bolsadas, entre outros tipos de agressão, até mesmo quando caído no chão sem nenhuma defesa, foi severamente chutado, sem nenhuma compaixão, verdadeiro ato de linchamento.

Duas mulheres, ou melhor, anjos, aparecerem no meio de tantos homens, que não fizerem nada para defender ou tentar coibir a sessão de espancamento, estas mulheres, supostamente esposas das agressões, tentaram de toda formar segurar estes covardes, porem em vão, o árbitro assistente este lançado à sorte.



Resultado desta que seria uma escala pra ser lembrada com alegria se transformou no dia a ser esquecido pela humilhação de se surrado sem puder ao menos se defender. Triste dia, que entra para historia do futebol amador de Campinas como o dia do massacre do pobre assistente, que deixou em casa sua família, pergunto, com que “cara” este retornou ao seu lar? O que falar para o seus filhos? Triste, muito triste, só resta dizer esta palavra: Triste.

Em nome do universo da arbitragem de futebol, desejamos ao nobre amigo uma pronta recuperação física, pois sabemos que a recuperação metal e pessoal não será reestabelecida, pois estas marcas serão para sempre, infelizmente. Força Fidelis!

Por Valter Ferreira Mariano
Vídeo postado no YOUTUBE

31 de out. de 2011

O ÁRBITRO ARROGANTE.

É na escola de arbitragem que o pretendente à nobre função recebe todas as informações para se tornar um árbitro de futebol (regra 05), porém após sua formação deverá escolher o melhor caminho a ser percorrido para chegar ao topo, ao seja, no degrau mais alto dentro do universo da arbitragem, ao escudo branco, se tornando um árbitro FIFA.

Entretanto muitos se declinam ao caminho que leva a arrogância e se tornam senhores de si próprios, donos da razão e da verdade, se acham superiores ao ensinamento da Carta Magna e do espírito do jogo. Pobres mortais! Pois terão uma carreira de sucesso curta e nem mesmo serão lembrados como árbitros de futebol.

O árbitro arrogante, por definição, crê nos seus próprios pensamentos e opiniões, entende que são muito mais importantes do que os pensamentos e opiniões dos demais companheiros de profissão. E dentro do solo sagrado (campo de futebol – regra 01) impõe todo seu autoritarismo, no qual todos devem obedecer de forma submissa e passiva sem nenhuma desobediência. E com esta atitude, ele desrespeita as pessoas que estão ali para ajudá-lo e serem por ele comandados.

Também dentro do solo sagrado encontrará pessoas contrárias aos seus pensamentos, as quais o trataram com insolente e prepotência, e lhe darão o rótulo de nariz empenado. E seus únicos amigos serão aqueles que se submetem de forma servil, verdadeiros bajuladores.

No início da carreira esses árbitros manipulam o sistema para chegar ao topo a qualquer preço. Infelizmente obterão o sucesso. Sua insegurança transformada em arrogância se torna no combustível para sua ascensão instantânea dentro do universo da arbitragem. O desejo de chegar ao topo e serem reconhecidos, aclamados e idolatrados como árbitros de primeira linha, corrompem suas almas, essa é a única forma de atenuar a neurose de se acharem superiores aos demais companheiros.

Esse sucesso incita a arrogância dissimulada, e essa leva ao fracasso. O árbitro que se considera perfeito não fará nenhum esforço para melhorar sua arbitragem. Afinal, como melhorar algo que é perfeito? E com essa atitude se acomodará, achando que é o senhor do universo, assim sem perceber, abrirá a porta para o declínio da sua carreira.

O bom árbitro conquista seu espaço através do respeito e das atitudes sincera, o arrogante se segura na força bruta e seu círculo de amigos restringe aos bajuladores e serão estes amigos que aguardarão a oportunidade para puxar o tapete, tornando vago o lugar para que possam disputar.

Por Valter Ferreira Mariano

Na foto, árbitro Ronnie Brandt Romanine - ex. árbitro da FPF e FMF, instrutor da EAMAR (Escola de Árbitros Marco Antonio Ribeiro - Campinas/SP), considerado pelos seus companheiros como exemplo de amigo e de bom árbitro.

27 de out. de 2011

Jogador atira sua chuteira com o árbitro assistente e é expulso.

A atitude do atleta acima no vídeo e uma conduta violenta, punida com expulsão de acordo com a regra 12 da Carta Magna do Futebol e suas diretrizes:

“A conduta violenta pode ocorrer dentro ou fora do campo de jogo, com a bola em jogo ou fora de jogo...””

“... Se a bola estiver em jogo e um jogador, um substituto ou um jogador substituído arremessar um objeto contra um adversário ou qualquer outra pessoa com o uso de força excessiva, o árbitro deverá paralisar o jogo e expulsar o jogador, o substituto ou o jogador substituído por conduta violenta”.

26 de out. de 2011

Dia de Comemoração: Em 1863, nascia o Futebol Moderno. Você mudaria algo hoje?

Em 26 de outubro de 1863, findava em Londres uma vitoriosa campanha encabeçada por universitários e pelo jornalista John Cartwright: a da padronização das diversas práticas de ‘football’.

Como o esporte era jogado sob a orientação dos diversos colégios e associações esportivas, não havia regra única para o futebol. Há exatos 148 anos, na Freemason’s Tavern, dessa união de esforços nasceu a “The Football Association” (a F.A. é a ‘CBF inglesa’), que visava, como mote maior, divulgar um único conjunto de medidas para que o jogo de futebol fosse disputado uniformemente em toda a Grã-Bretanha.

Nascia assim o livro The Simplest Play, que nada mais eram a Carta Magna do Futebol  (regras do Jogo), com 14 regras.

Curiosidades (11 itens, já que em 1870 passou a ser jogado com esse número de atletas definido pela regra 3):

1) As traves (Regra 1) eram compostas apenas por postes; o travessão só surgiu 2 anos mais tarde, tamanha era a confusão para se determinar se os chutes muito altos tinham sido gol ou não;

2) Infrações (Regra 12) eram resumidas como: ‘são proibidas rasteiras, caneladas e cotoveladas, bem como golpear ou segurar a bola com a mão’;

3) Não existia a figura do árbitro (Regra 5), que só surgiu em 1868, e ficava sentado numa cadeira, na sombra, servindo para tirar as dúvidas dos capitães das equipes (que eram as pessoas que decidiam se havia alguma falta ou não em comum acordo). Somente em 1878 é que surgiu o apito, mas ainda não servia para marcar faltas, mas para avisar sobre o começo e término dos jogos. Em 1881, enfim o árbitro entra em campo, decide sofre infrações sem a consulta de capitães e passa a fazer parte da regra.

4) O tempo de jogo (Regra 7) é definido em 90 minutos (1893), com intervalo e sem acréscimos. Deu o tempo, encerra a partida imediatamente, quer a bola esteja no ataque ou não.

5) O pênalti (Regra 14) surge em 1891. Até então, nas faltas próximas ao gol, os jogadores se aglomeravam em cima da linha de meta e formavam uma barreira.

6) Diversas infrações poderiam deixar de serem marcadas, caso a equipe que sofresse a falta achasse que não importava a marcação. Ou seja, nascia em 1903 a “lei da vantagem” (não era o árbitro quem determinava se seguia ou não o lance).

7) O goleiro podia segurar a bola com a mão por toda a sua metade do campo. Em 1907, radicalizou-se e o arqueiro só podia colocar as mãos dentro da grande área. Mas somente em 1921 alguém teve a idéia de que eles deveriam usar roupas diferentes dos jogadores de linha, para não confundir as pessoas.

8) Preocupada com a saúde dos atletas, decidiu-se em 1924 que, se o árbitro considerasse que um jogador estivesse contundido, deveria parar o jogo para que ele fosse atendido. Antes, o lesionado deveria se arranjar sozinho para deixar o campo, e o jogo não deveria ser interrompido.

9) Uma revolução acontece em 1925: o impedimento (Regra 11) passou a exigir que ao menos 2 atletas (antes, eram 3) estivessem dando condição para que o jogo prosseguisse.

10) Em 1938, numa ‘reengenharia’ esportiva, definiu-se as 17 regras do futebol que persistem até hoje, com algumas alterações ao longo do século.

11) Somente em 1970 permitiu-se substituições de atletas universalmente (Regra 3). Antes (desde 1966), eram permitidas somente em partidas que envolvessem clubes. Também temos a adoção dos cartões amarelos ou vermelhos (Regra 12).

É claro que ao longo do século XX outras tantas modificações surgiram, como o tempo de 6 segundos da posse do goleiro com a bola nas mãos, mesma linha deixar de ser impedimento, 3ª substituição, acréscimos na partida, área técnica, entre outras.

Importante - Nesta semana, o grupo criado pela FIFA chamado “FIFA TASK FORCE 2014”, uma espécie de força tarefa da entidade, formado por personalidades do futebol e em especial pessoas ligadas à chamada “família FIFA”, estarão discutindo propostas inovadoras para a Copa do Mundo do Brasil.

Entre elas,

1) proposta de tornar mais clara a Regra 11 (impedimento), sugerida por Beckenbauer, tornando mais objetiva a questão do que é impedimento passivo e impedimento ativo;

2) uso da tecnologia em favor do árbitro, sugerida por Sunil Gulati, da Federação de Futebol dos EUA;

3) regulação e diminuição do uso do cartão vermelho (somente em situações gravíssimas no meio de campo – como agressão- ou em pênaltis que impediriam gols), sugerida pelo ex-jogador Lupescu (representando os atletas da UEFA);

4) cobrança de arremessos laterais com os pés, sugerida por Pelé.

E você, teria alguma sugestão para mudanças de Regra do Futebol, no dia do seu aniversário de 148 anos? Deixe seu comentário: