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21 de fev. de 2012

APRENDER SEMPRE!


PIERLUIGI COLLINA


Aprendemos em todos os momentos, em qualquer idade, durante toda sua existência.

Estamos na era da recuperação da dignidade da imagem do árbitro (regra 05). A palavra desta ordem é aprender sempre. A Carta Magna do Futebol e as técnicas de arbitragem estão em constante evolução. O árbitro precisa absorver e entender perfeitamente este processo, caso contrário, se tornará um árbitro obsoleto, sem a visão da dinâmica do jogo, sem o espírito e sem o conhecimento para sustentar o apito dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01).

A sua mente deve estar aberta para receber novas informações. Lê e ouvir tudo que se escreve ou que se comenta sobre a arbitragem é um bom sinal de aprimoramento. Observar os companheiros de profissão também é um excelente meio de aprender, é como se vê no espelho, porém, muito cuidado, observar apenas os erros e comentá-los em público, é demonstrar complexo de inferioridade.

Aprender sempre significa melhorar seus relacionamentos pessoais e profissionais. O árbitro que seguir está linha de conduta poderá alcançar vôos mais altos dentro do universo da arbitragem.

Neste seguimento de transformação, é importante que o árbitro receba estímulos dos companheiros valorizando o empenho e a dedicação empregada no aprimoramento da nobre função. Será o estímulo que ira reforçar sua autoestima. Peça essencial do ego, do homem e do cidadão.

Desde tempo da escola de arbitragem, o árbitro deve observar explorar e organizar tudo que aprendeu e ter a consciência que o néctar da sabedoria está no aprender sempre.

Por Valter Ferreira Mariano 
Foto: site desconhecido - por isso não demos os devidos créditos.                   


15 de fev. de 2012

Psicologia no universo da arbitragem de futebol.


Palestra para Seleção Brasileira de FutSal
“Você pode trazer seu apito e sua bandeira, mas se não trouxer sua coragem e sua força, é bom ficar em casa” (Kelly Nutt - 1987)

O árbitro (regra 05) é o elemento imprescindível e fundamental numa partida (regra 07), sem ele não é possível realizar um jogo, uma vez que ele é aquele que regula e aplica as condutas e regras.

No esporte cada um tem sua função, aos atletas cabe buscar a vitória e impedir que o adversário o faça e ao árbitro cabe contribuir para a evolução do jogo, intervindo o mínimo possível, só devendo fazer quando houver infrações técnicas, pessoais e disciplinares (regra  12), evitando tornar-se o foco da atenção, e a autoridade.

Muitas vezes arbitrar um jogo pode ser desafiante e recompensador, outras vezes pode fazer com que o árbitro se sinta frustrado e até injustiçado. Por isso o árbitro deve aprender a lidar com as alegrias e tristezas que sua função pode acarretar. Quando falamos de competições o assunto envolve emoção e paixão e, nesse contexto, nenhum erro é aceitável, se algo não ocorre do modo esperado todos culpam prontamente a arbitragem, em contrapartida, quando o jogo flui bem poucas pessoas notam a presença do árbitro.

Arbitrar um jogo significa muito mais do que simplesmente marcar faltas, significa conhecer profundamente a Carta Magna do Futebol (livro de regras) e atuar sobre elas de forma justa e com igualdade de condições: não se esqueça de que um erro pode significar frustrações e perda de confiança para quem se empenhou tanto.

Para uma arbitragem ideal é necessária além da condição física e do conhecimento das regras, capacidade psicológica adequada, entretanto, muitas vezes os fatores psicológicos são deixados de lado, as pessoas que cercam o meio esportivo acreditam que os árbitros são máquinas programadas para nunca errar, se esquecem de que eles são pessoas e com isso podem passar por dificuldades.

Poucos árbitros acabam dedicando algum tempo para desenvolver suas capacidades psicológicas, é o que separa os bons árbitros dos demais, e a somatória das diversas características: conhecimento das regras, a condição física e as competências psicológicas, ou seja, o sucesso ou insucesso dos árbitros está diretamente ligado com sua condição física e psicológica para desempenhar seu papel.

Os árbitros de alto nível têm qualidades em comum como a confiança, a comunicação, a capacidade de decisão e julgamento, a atenção, integridade entre outras, essas qualidades podem ser desenvolvidas com a prática se houver empenho máximo para que isso ocorra e, essa prática faz com que o árbitro torne-se melhor e consiga atuar com mais alegria, tirando maior prazer de sua função. (Weinberg & Richardson - 1991).

Os árbitros muitas vezes experimentam uma perturbação interior e, mesmo acabado o jogo, ficam a remoer decisões que tomou no decorrer da partida, é normal que essas dúvidas permaneçam e os árbitros devem aprender a lidar com elas. Lembre-se: “Só há um tipo de pessoa que nunca arbitra mal... é quem nunca arbitra”. (Vitor Reis - 1999).

Algumas pessoas acreditam que arbitrar um jogo é fácil, mas, correr para todos os lados com um apito na boca e concentrado pronto para parar o jogo e dizer a um atleta que ele cometeu uma violação é uma das tarefas mais difíceis no esporte. Uma boa arbitragem facilita o desenrolar do jogo e assegura que o resultado dependa unicamente das capacidades e desempenho dos jogadores, já uma má arbitragem diminui o prazer do jogo.

Para (Loher - 1983) assim como o desportista bem preparado, os árbitros devem apresentar as seguintes características: confiança pessoal, otimismo, capacidade de controle, de manter a calma sob pressão, de se concentrar no presente e determinação nas tomadas de decisão.
Em resumo, os árbitros têm quatro responsabilidades principais: (Weinberg & Richardson - 1991).

- Assegurar que o jogo decorra de acordo com as regras do esporte;
- Interferir o menos possível, sem tornar-se o foco da atenção;
- Estabelecer uma atmosfera agradável às pessoas que assistem a competição;
- Mostrar preocupação com os desportistas.

Psicóloga Melissa Voltarelli
Titulo original Psicologia no futebol


14 de fev. de 2012

CURSO PARA FORMAÇÃO DE ÁRBITROS DE FUTEBOL


Edital de abertura de inscrição para segunda turma do curso de árbitros de futebol.

A NOVA ASSOCIAÇÃO CAMPINEIRA DE ÁRBITROS DE FUTEBOL - NACAF, de acordo com o Regulamento de sua Escola de Arbitragem Marco - comunica que estão abertas as inscrições para o CURSO BÁSICO DE FORMAÇAO DE ÁRBITROS 2012 – TURMA “JOÃO ANTONIO FERNANDES NETO”.

Os interessados deverão dirigir-se à Secretaria da EAMAR - Escola de Árbitros MARCO ANTÔNIO RIBEIRO, na sede da LIGA CAMPINEIRA DE FUTEBOL, à Av. Pref. Faria Lima, 345 - Parque Itália - Campinas - SP, ao lado do Hospital Dr. Mário Gatti, das 14 às 20hs, juntando ao requerimento de inscrição os seguintes documentos:

1. Xerox cédula de Identidade (RG);
2. Comprovante de endereço;
3. Uma foto 3 X 4.

Os inscritos participarão do CURSO BÁSICO DE FORMAÇAO DE ÁRBITROS 2012.

O curso terá duração de três meses, com duas aulas semanais, das 19:00 as 20:30horas.

Os aprovados no curso poderão atuar nas partidas de futebol amador na Região Metropolitana de Campinas e no Estado de São Paulo promovido pela NOVA ASSOCIAÇÃO CAMPINEIRA DE ÁRBITROS DE FUTEBOL - NACAF, LIGA CAMPINEIRA DE FUTEBOL – LCF, LIGA REGIONAL DESPORTIVA PAULISTA – LIREDEP e LINAF - LIGA NACIONAL DE FUTEBOL.

CURSO BÁSICO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITROS 2012 será GRATUITO.

 Início do curso: 02/10/12.

Valter Ferreira Marianoi
Presidente NACAF - Nova  Associação Campineira de Árbitros de Futebol
Ronnie Brandt Romanini
Diretor da EAMAR - Escola de Árbitros Marco Antônio Ribeiro

Informações: (1(9) 3272-6469, 3272-8099, 3272-5573 e 3237-3211



8 de fev. de 2012

MATÉRIA FINAL DA V COPA AIFA DE FUTEBOL


Arbitragem: Valter Ferreira Mariano, Wellington Belo e Edi Francisco.

O derradeiro objetivo de um árbitro


"O derradeiro objetivo de um árbitro é ser aceite – quando jogadores e treinadores confiam em vocês, mesmo que tomem uma decisão errada. É uma questão de personalidade, preparação e confiabilidade."

NOTA À IMPRENSA - Sindicato de Árbitros de Futebol do Distrito Federal - SAF/DF


Os árbitros do Sindicato de Árbitros de Futebol do Distrito Federal - SAF/DF decidiram em Assembléia Geral Extraordinária realizada na noite de ontem, sete de fevereiro, manter a PARALISAÇÃO de suas atividades junto à Federação Brasiliense de Futebol – FBF, NÃO ACEITANDO COMPOR com a atual presidência da Comissão de Árbitros da Federação Brasiliense de Futebol – CDAF. 
Com isso, todos os árbitros do quadro local, inclusive os do quadro da CBF e da FIFA, permanecem com pedido de dispensa de todas as competições organizadas pela FBF.
Assembléia foi realizada na Universidade de Brasília - UnB, no Anfiteatro Darcy Ribeiro, localizado na Faculdade de Educação Física e contou com a direção do Presidente SAF/DF, José de Caldas, bem assim com o pronunciamento do interventor da FBF, Dr. Miguel Alfredo Júnior, que reiterou a nomeação questionada pela categoria.
Acompanhou o processo a Comissão de Direito Desportivo da OAB-DF, na pessoa de seu Presidente, Dr. Fernando Silva Júnior e ainda, os membros Dr. Edvaldo Soares Brasileiro e Dr. Cleiton Pena Araújo, também Auditores do Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal – TJD/DF.
O SAF/DF aproveita para reafirmar seu compromisso com o diálogo, na expectativa de que o interventor, diante da confirmação da decisão da categoria, adote uma solução de consenso ao impasse.

À DIRETORIA

7 de fev. de 2012

É FALTA! PRA CARTÃO VERMELHO!


Hoje vamos falar um pouco das faltas (regra 12) que leva o árbitro (regra 05) mostrar o cartão vermelho sem antes ter mostrado o cartão amarelo ao jogador expulso. Lembramos que a amostragem dos cartões é uma forma de comunicar o jogador (regra 03) e a todos que estão assistindo a partida (regra 07) que este foi advertido ou expulso.

O contato físico entre os jogadores é um aspecto normal e aceitável no futebol, pois é um esporte de competição. Porém nesta linha os jogadores devem sempre respeitar as leis do jogo e os princípios do FAIR-PLAY, ou seja, do JOGO LIMPO.

O jogo brusco grave é uma destas faltas punidas com cartão vermelho. O jogador é culpado de praticar esta ação ao empregar força excessiva ou brutalidade contra seu adversário no momento de disputar a bola em jogo.

Qualquer jogador que se atire sobre o adversário na disputa da bola, de frente, por detrás ou dos lados utilizando uma ou ambas as pernas, com força excessiva e colocando em perigo a integridade física do adversário, será culpado desta prática, sendo assim, expulso.

O jogador que se utilizar de uma entrada que ponha em perigo a integridade física de um adversário deverá ser punido como jogo brusco grave. Esta entrada é o chamado “carrinho”, expressão usada dentro da linguagem da sociedade futebolística. Também expulso diretamente.

Um jogador que aplique uma entrada violenta será punido com um cartão vermelho.

Uma entrada violenta é quando um jogador se lança com um ou os dois pés para frente, quer seja de frente ou às costas do jogador que tenha a bola sem tocar esta última; ou quando se atira com a clara intenção de parar o jogador de forma violenta e sem se importar em que na ação toque ou não a bola.

Outra situação onde será aplicado diretamente o cartão vermelho é a conduta violenta. Esta situação pode ocorrer quer seja dentro ou fora do solo sagrado (campo de jogo – regra 01). Um jogador será culpado de conduta violenta se usar força excessiva ou brutalidade contra um adversário sem que a bola esteja em disputa entre os dois.

Também será culpado se empregar esta força excessiva ou brutalidade contra o próprio companheiro de equipe ou qualquer outra pessoa.

O campo de jogo é para os jogadores darem espetáculos, com jogadas geniais, lances de tirar o fôlego do torcedor e não um ringue de luta. O futebol é um grande veículo de comunicação e educação, a sua prática é desenvolvida principalmente entre as gerações mais novas, desta forma vem à importância que seja praticado com muito FAIR-PLAY (JOGO LIMPO) em sua esfera profissional, pois estes são simplesmente o espelho deste esporte.

Por Valter Ferreira Mariano

6 de fev. de 2012

The Spirit of Football. (Soccer)

 John SafarMark DeClouetSorin Stoica e Angela Ianni.

The spirit of football is not so much a rule, but an attitude... One way to play.

Based on a sporting spirit in which the players themselves (rule 03) are responsible for fair play. Encourages is a game of high competition, but never going against the mutual respect between them. The spirit is one of the fundamental principles of football. Without this, the game loses its charm, its heart. There has to be the Spirit!

Football is a dynamic sport and dressy, should be practiced by players who respect the Constitution of Football (rule book) and above all, the authority of the arbitrator (Rule 05) and the assistant referees (rule 06).

The play fair (fair play) is the blood sport, without this, football is not possible, because if the game is not ruled by a code of ethics, becomes chaos. And society football turns a primitive society. So, football will only survive with good sportsmanship, not as something gross, but that is established with respect to relations between players (opponents or not), referee and assistant referees.


For the researcher Antônio Roberto Santos, fair play suffers a strong influence of the media, the unsporting behavior of players is imitated by other famous athletes, mostly young adolescent, who "inspired" in their idols. He said that responsibility involves not only athletes, referees or officials, but also the fans and the media. The sports media, to make your calls for this or that game, is always a message inciting more confrontation, giving the impression that this is not a football game but more of a battle, "Today is going to have war in Pacaembu Corinthians and Palmeiras are struggling to survive. "This type of call infects the thoughts of fans who do not realize when the twist transcends rationality, becoming vandalism. Concludes the research.

Football players are laymen in relation to the Magna Carta (Rulebook) do not respect the referee and when asked about it remain unanswered, yet when a violation is called on his team just run up the referee arguing and gesticulating going the impression that they are true connoisseurs of the rules, such attitudes are applied as a lethal stroke in the vein of sportsmanship, making the playing field in a stage of debate.

Unfortunately, managers and coaches make it clear that the most important is not the football itself and even your spirit, but the result. The mind of the player is crafted to win at any cost and this conflicts with the spirit of the game, passing a negative message that the referee is the main responsible for the bad result of his team.

by: Valter Ferreira Mariano
Translated into English: by Light Jato - Toronto / Canada.

1 de fev. de 2012

Árbitra assistente Sandra Maria Dawies é destaque do futebol paranaense.

As mulheres estão conquistando o seu espaço no futebol brasileiro. Em Curitiba/PR não é diferente.

A gaúcha Sandra Maria Dawies, de 38 anos, atua como árbitra assistente desde 2006. Ela é do quadro feminino da CBF. A assistente (regra 06) não mede esforços, treinando firme e forte durante três vezes por semana para manter a parte física, o mesmo treinamento exigido para os árbitros da FIFA, focando a resistência e corridas longas para aguentar os 90 minutos de partida (regra 07). Além deste desafio semanal, ela cursa o último ano de Educação Física.
  
Sandra e mais duas colegas estão na categoria especial da Federação Paranaense de Futebol, que as permite apitar jogos do Campeonato Estadual profissional. Ela participou de cinco jogos do Campeonato Paranaense neste ano. 

Aliado ao futebol, ela trabalha como despachante em uma concessionária. Sandra é responsável pela documentação e emplacamento dos veículos. “As mulheres estão buscando o seu espaço. O Paraná está preparando várias mulheres na arbitragem. A diferença do futebol profissional para o amador opina a assistente, é a falta de segurança nos campos. Na Suburbana (campeonato amador da cidade de Curitiba/PR) quase não existe policiamento”, disparou Sandra.

Matéria de Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo publicada em 27/08/11.
Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Um lance, um momento, um instante que muda tudo!

O ACERTO DE MARCELO ROGÉRIO EM CORINTHIANS x LINENSE


Primeiro, execra-se um árbitro (regra 05) em horário nobre.

Depois, cria-se a teoria da conspiração.

Trata-o, absurdamente, como bandido!

E ensurdecem-se à voz dos mais ponderados, que entendem as dificuldades existentes em apitar um jogo de futebol.

Poucos respeitam o erro humano do árbitro.

Muito poucos sabem criticar respeitosamente.

Pouquíssimos sabem pedir desculpas.

Afinal, alguns programas televisivos criam verdadeiras redes de compartilhamento sobre histórias de “apito amigo” e desonestidade dos árbitros, que faz com que a audiência aumente.

Na Copa do Mundo da França, Galvão Bueno bradava contra um árbitro americano que marcou um pênalti inexistente na partida Brasil X Noruega. Uma câmera da TV da Suíça, dois dias depois, do outro lado do estádio, mostrou que o árbitro havia acertado.

Tempos atrás, o mundo flamenguista sentenciou o árbitro Simon por não dar pênalti sobre Diego Tardelli, contra o Cruzeiro. Três dias depois, a ESPN achava uma imagem onde Tardelli, literalmente, pisava sozinho na bola e caía (Simon houvera inclusive sido colocado na temida “geladeira”).

No último domingo (29/01)  Marcelo Rogério foi pivô de mais um “causo” destes: quantas câmeras da Sportv flagravam Fabão e Danilo durante a trajetória da bola, após a cobrança do escanteio?

Nem precisa responder: a imagem vinda por detrás do gol de Júlio César diz tudo. Um detalhe que muda o julgamento de muitos!

Foto: Não tenho o nome do fotografo para dar os créditos, assim que tiver irei editar o post.