No meu caso, já ganhei uma bola de borracha logo depois de começar a andar, substituída posteriormente por uma bola de capotão (presente do meu pai).
Paralelamente, conheci o jogo de botão, hoje renomearam para futebol de mesa, nome mais elegante, não acham?
Foi ai que o perigo morava! Era joguinho de botão dia sim, no outro também. Até campeonatos eu disputava inclusive na mesinha da sala. Narrava os jogos e colocava a escalação no papel. Era uma organização de da inveja ao calendário brasileiro.
Desde moleque, o futebol me persegue. Ou seria o contrário? Vai saber. Mesmo sendo um goleiro sem futuro e, vamos dizer, um tanto sem jeito para coisa, nunca me deixei abater, afinal, eu sempre era o dono da bola. Batia a minha bola todos os dias em todos os lugares possíveis. Durante o recreio na escola, no quintal de casa, em plena rua, nos terrenos baldios. Enfim, nada conseguia me separar do jogo de bola.
O “intensivão” era reforçado pelo pebolim, os álbuns de figurinhas, o incrível Futebol Cards (o chiclete era horrível), os jogos de tampinhas de refrigerante com carinhas dos jogadores (alguém se lembra?), os jornais de Campinas, os Gols do Fantástico, a revista Placar e o bendito e bom radinho de pilha. Não perdia um programa esportivo sequer, na hora do almoço e no começo da noite. Para mim era sagrado acompanhar as transmissões dos jogos do meu time, cujo nome me permito manter em sigilo por motivos óbvios.
Os anos vieram, mas o gosto pelo futebol continua o mesmo. Montei o meu próprio time, claro, era o capitão. Depois de muitas derrotas, percebi que o problema não estava nos companheiros, mais sim, em mim, então passei a ser técnico, e toda vez que faltava o árbitro (regra 05), passava a mão no apito e lá estava eu dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01).
Os anos vieram, mas o gosto pelo futebol continua o mesmo. Montei o meu próprio time, claro, era o capitão. Depois de muitas derrotas, percebi que o problema não estava nos companheiros, mais sim, em mim, então passei a ser técnico, e toda vez que faltava o árbitro (regra 05), passava a mão no apito e lá estava eu dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01).
Hoje estou realizado, pois como árbitro assistente (regra 06), pisei dentro de muitos templos sagrados do futebol, como Morumbi, Palestra Itália, Parque São Jorge e a Vila mais famosa do mundo, entre outros estádios pelo interior de São Paulo.
Eu adoro futebol, hoje muito mais O Universo da Arbitragem de Futebol.
Nota: Uma excelente crônica! Texto adaptado do original de Marco Antônio Martins, que foi publicado no jornal Correio Popular de Campinas (SP).
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