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14 de jun. de 2011

Eu Adoro Futebol... Hoje, Adoro o Universo da Arbitragem de Futebol!

Quando uma pessoa se deixa viciar por futebol, não tem mais jeito. Parece uma lavagem cerebral.

No meu caso, já ganhei uma bola de borracha logo depois de começar a andar, substituída posteriormente por uma bola de capotão (presente do meu pai).
Paralelamente, conheci o jogo de botão, hoje renomearam para futebol de mesa, nome mais elegante, não acham?

Foi ai que o perigo morava!  Era joguinho de botão dia sim, no outro também. Até campeonatos eu disputava inclusive na mesinha da sala. Narrava os jogos e colocava a escalação no papel. Era uma organização de da inveja ao calendário brasileiro.
Desde moleque, o futebol me persegue. Ou seria o contrário? Vai saber. Mesmo sendo um goleiro sem futuro e, vamos dizer, um tanto sem jeito para coisa, nunca me deixei abater, afinal, eu sempre era o dono da bola. Batia a minha bola todos os dias em todos os lugares possíveis. Durante o recreio na escola, no quintal de casa, em plena rua, nos terrenos baldios. Enfim, nada conseguia me separar do jogo de bola.


O “intensivão” era reforçado pelo pebolim, os álbuns de figurinhas, o incrível Futebol Cards (o chiclete era horrível), os jogos de tampinhas de refrigerante com carinhas dos jogadores (alguém se lembra?), os jornais de Campinas, os Gols do Fantástico, a revista Placar e o bendito e bom radinho de pilha. Não perdia um programa esportivo sequer, na hora do almoço e no começo da noite. Para mim era sagrado acompanhar as transmissões dos jogos do meu time, cujo nome me permito manter em sigilo por motivos óbvios.

Os anos vieram, mas o gosto pelo futebol continua o mesmo. Montei o meu próprio time, claro, era o capitão. Depois de muitas derrotas, percebi que o problema não estava nos companheiros, mais sim, em mim, então passei a ser técnico, e toda vez que faltava o árbitro (regra 05), passava a mão no apito e lá estava eu dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01).
Hoje estou realizado, pois como árbitro assistente (regra 06), pisei dentro de muitos templos sagrados do futebol, como Morumbi, Palestra Itália, Parque São Jorge e a Vila mais famosa do mundo, entre outros estádios pelo interior de São Paulo.

Eu adoro futebol, hoje muito mais O Universo da Arbitragem de Futebol.

Nota: Uma excelente crônica! Texto adaptado do original de Marco Antônio Martins, que foi publicado no jornal Correio Popular de Campinas (SP).

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