Páginas

28 de jun. de 2013

CONHECIMENTO E POSICIONAMENTO, FATORES PARA BOA ARBITRAGEM.

Uma boa arbitragem passa sem duvida pelo conhecimento da Carta Magna do Futebol (Livro de Regras) e da mecânica do seu posicionamento dentro do solo sagrado (campo de futebol – regra 01) são estes dois fatores que deferência o simples árbitro do árbitro de ponta.

O árbitro Valter Ferreira Mariano - palestrando sobre a Carta Magna do Futebol -
auditório da Câmara Municipal de Indaiatuba /SP - Brasil

Não é necessário decorar a Carta Magna e sim entender cada uma das 17 regras e saber coloca-las em pratica quando necessário.

O conhecimento dará ao árbitro (regra 05) a destreza em aplicar a lei, não deixará a impressão que se utiliza de dois pesos com valores diferentes, esta aproximação de igualdade nas infrações deixa os jogadores satisfeitos, pois reconhece o critério de igualdade do árbitro, assim o jogo segue como deve ser desenvolvido, sem reclamação, fica mais vistoso e o fair play reina soberano na partida.

Seu posicionamento dentro do solo sagrado é fundamental para colocar seu conhecimento em prática, sua visão da jogada será sempre rica em detalhes que lhe permitira ter uma decisão justa e correta do lance. Este fator elevará ainda mais a segurança depositada pelos jogadores na arbitragem, quando de uma interversão verão que o árbitro esta bem próximo do lance e que sua decisão foi correta.

Entretanto este segundo fator requer um bom condicionamento físico, hoje o futebol é muito dinâmico e veloz, sem este preparo físico o árbitro não conseguirá está próximo das jogadas e poderá ter uma visão prejudicada e decisão equivocada levantando a irá deste ou daquele jogador (regra 03).

Porem este mesmo fator tem uma exceção à regra, ou seja, nem tudo que é preciso ver está próximo aos olhos, uma visão periferia do lance requer certa distancia, pois infrações (regra 12) podem ocorrem longe da posição da bola (regra 02) e o árbitro terá que se atentar para esta possibilidade.

Resumindo, conhecimento e posicionamento são fatores que possibilitarão ao árbitro o seu reconhecimento pela sociedade futebolística como um simples arbitro ou arbitro de ponta.


Por Valter Ferreira Mariano

22 de mai. de 2013

A NOVA INTERPRETAÇÃO DE MÃO NA BOLA E BOLA NA MÃO.

Árbitro italiano Massimo Bussaca

Uma mudança na orientação de marcação de infrações em jogadas de “Mão na Bola” e “Bola na Mão” será colocada em prática na Copa das Confederações 2013, a se realizar dentro em breve no Brasil. Não será uma mudança na Carta Magna do Futebol (livro de regras), mas o árbitro italiano Massimo Bussaca, o atual comandante do universo da arbitragem, alega ser uma nova interpretação aos árbitros sobre lances duvidosos dessa natureza.

Hoje, só se deve marcar infração por uso indevido das mãos na bola se for uma ação deliberada (proposital/intencional). É uma das poucas infrações onde o árbitro não deve avaliar imprudência, nem força excessiva (lembrando que em qualquer outra falta deve se considerar ação imprudente, temerária ou brutalidade). A Regra 12 (infrações e Indisciplinas) diz que:

Uma das faltas punidas com tiro livre direto é: tocar a bola com as mãos intencionalmente (exceto o goleiro dentro de sua área penal).

Tocar a bola com a mão implica na ação deliberada de um jogador fazer contato na bola com as mãos ou com os braços. O árbitro deverá considerar as seguintes circunstâncias:

- O movimento da mão em direção à bola (e não da bola em direção à mão);
- A distância entre o adversário e a bola (bola que chega de forma inesperada);
- A posição da mão não pressupõe necessariamente uma infração;
- Tocar a bola com um objeto segurado com a mão (roupa, caneleira etc.) constitui uma infração;
- Atingir a bola com um objeto arremessado (chuteira, caneleira etc.) constitui uma infração.

A novidade é: o árbitro deve avaliar se em determinados lances não houve movimento antinatural dos braços no momento do toque (uma intencionalidade disfarçada de falsa imprudência) ou um risco mal calculado do atleta em que a bola possa bater nos braços, em jogada que se poderia evitar.

Por Valter Ferreira Mariano
Fonte: Blog do amigo e professor Rafael Porcari.

6 de mai. de 2013

A MÃE DO ÁRBITRO DE FUTEBOL.

Mãe e arbitra Assistente Daniella Magalhães

Por que falar mal de uma pessoa que não se conhece? Atacando com adjetivos não agradáveis? Simplesmente em situação onde ela nem este presente?


Esta é a mãe do árbitro de futebol, sempre ovacionada e rotulada com estes adjetivos. Mas por que tanto rancor contra um ser divino, será que este que a rotula nunca teve o prazer de ter mãe, mesmo que seja a mãe de criação.

Todavia não importa o quanto escrevemos para reverencia-la sempre haverá aquele que ira nos contradisser, mas, vamos falar da parte boa deste assunto, mãe não é apenas ter o nome dela em nossos documentos pessoais é ter alguém para abraçar quando no momento ruim não há ninguém que se apresenta para dar este abraço, mas ela estará lá de braços abertos esperando para consolar e enxugar nossas lagrimas.

Ela é um ser divino, quer sempre o bem dos filhos mesmos quando não são compreendidas em algumas decisões, mas pode ter certeza ela só quer o bem.

Ser mãe é uma tarefa de grande grau de dificuldades, pois cuidar de uma casa entre aspas não é difícil, mas colocamos junto a esta missão a tarefa de cuidar dos filhos, educá-los para uma sociedade consumista cheia de coisas ruins, ensinar o que é preciso para se tornar uma pessoa de respeito no futuro próximo, ensinar a ter cuidados com certos relacionamentos e principalmente não chegar perto do mal do século as drogas.

É apenas uma pequena mostra dos afazeres que a mãe possui e ela nunca reclama de ser mãe pelo contrario ela ama ser mãe.

Neste dia que o calendário coloca a mãe em evidencia faça este dia ser o mais completo para ela, não deixe de levantar da cama e dar um simples abraços, pois com toda certeza para ela não será um simples abraço tenha certeza disso.

Por Valter Ferreira Marino

7 de mar. de 2013

08 DE MARÇO – NOVOS CONCEITOS, NOVA REALIDADE.

A sociedade atual ainda requer um forte ajuste no tocante diferencial dos sexos, quer dentro ou fora do lar.


A árbitra assistente (regra 06) Nadine Schram Bastos



Não podemos ainda viver nas sobras do passado e ver a mulher como uma peça sem valor no quebra cabeça de uma sociedade globalizada, vivendo como as antigas civilizações gregas, romanas e mesopotâmias nas quais a mulher só tinha a missão gerar filhos ou como na cidade estado de Esparta, mulher que só gerava meninas, não tinha valor na sociedade, pois como uma cidade fortemente militarizada os meninos gerados seriam futuros guerreiros.

Historicamente a mulher sempre foi rotulada como frágil e submissa, sem opinião própria, não podia em certas culturas escolher o seu próprio marido.

Porém a realidade dos nossos dias mostra que estas culturas estavam erradas, que a mulher não é um “peão descartável do tabuleiro de xadrez” e sim uma rainha e como tal deve ser tratada.

A sociedade futebolística vê nela uma nova realidade principalmente no universo da arbitragem de futebol que vem fixando cada vez mais ela em suas fileiras de árbitros e árbitros assistentes.

Este novo posicionamento vem encontro que a mulher tem uma vantagem em relação ao homem, pois são mais detalhista e dedicada as tarefas de aprimoramento da nobre função. Não tem preguiça na hora de treinar, pois além trabalhar fora e dentro de casa, não se queixa que esta casada e que o treino pode ficar para outro dia.

Esta disposição faz dela uma componente importante para modernização da arbitragem. São estes caprichos que fazem a diferença dentro do campo de futebol, pois ali a atenção dela é focada no jogo que esta acontecendo. Uma atenção que resulta e bons resultados, principalmente na função de árbitro assistente.

Com isso o universo da arbitragem de futebol tem de certo modo cutucado os árbitros para que eles também possam agir com esta dinâmica que a mulher apresenta em relação a sua dedicação a nobre função.

São novos conceitos e uma nova realidade, a sociedade em um todo não pode mais ser mesquinha com a mulher, deve sim trata-la por igual, não só em relação aos cargos de trabalhos, mas sim como uma pessoa importante que deve ter o seu respeito e valor, ganhos e reconhecimento pelos seus papeis exercidos numa sociedade evolutiva e globalizada.

Por Valter Ferreira Mariano

15 de fev. de 2013

A SENSIBILIDADE DO ÁRBITRO DE FUTEBOL.


O árbitro de futebol é feito de facetas como o diamante, quando mais lapidado mais valioso ele fica.


Árbitro (referee) Bülent Demirlek: Galatasaray x Fenerbahce – um dos clássicos com maior rivalidade do mundo. (foto).


Uma faceta do árbitro a ser lapidada é a faceta da sensibilidade, ou seja, a faceta de sentir o jogo de futebol, sua leitura e a dinâmica que os jogadores estão querendo, isso são estímulos externos ou internos que a partida está impondo.

A percepção aguda de visualizar os acontecimentos em sua volta quer do momento da sua indicação a entrega do relatório da partida lhe permite avaliar o grau de dificuldade que a partida tem de importância, quer de um simples amistoso a uma decisão Copa do Mundo.

Sua disposição em relação ao jogo deve ser sempre dominada não deixando os comentários de a sociedade futebolística lhe causar mal estar algum, não deve dar ouvidos as criticas nada favorável a sua indicação feita por este ou aquele clube que na verdade só quer justificar uma derrota antecipada de sua equipe transferindo a responsabilidade toda para arbitragem.

No entanto esta sensibilidade passa pelos sentimentos pessoais, sentimento de estar contente com a indicação, ser feliz mostra total controle emocional, isso é bom, é algo visível por todos, inspira bons ventos e dar ao árbitro a segurança que fará uma boa arbitragem.

A sensibilidade é um conjunto de emoções, sua suscetibilidade requer uma visão extremamente profissional de suas ações, ou seja, do conhecimento da Carta Magna do Futebol (Livro de Regras), da sua aplicação com imparcialidade, do ótimo preparo físico e do apoio da família, sem esta ultima todo este conjunto será como a edificação de uma casa sem alicerce.

Por Valter Ferreira Mariano

6 de fev. de 2013

UMA VIDA DEDICADA AO UNIVERSO DA ARBITRAGEM DE FUTEBOL.


Foi-se o tempo em que as mulheres eram o sexo frágil em diversos setores da sociedade.

Silvia Regina de Oliveira (foto: Eduardo Migliato)


Na sociedade futebolística embora ainda exista um preconceito que deve ser combatido, aos poucos as “donas do apito” estão provando dentro do solo sagrado (campo de futebol – regra 01) onde a nobre função que antes era predominantemente exercida pelos homens, pode perfeitamente ser habitada por beldades que com talento, deixam as partidas de futebol ainda mais belas de assistir.

Uma das pioneiras da arbitragem feminina no Brasil é a paulista Silvia Regina de Oliveira. Com uma conduta moral irretocável, a ex-árbitra FIFA de são Paulo rompeu barreiras mostrando na prática como se deve bater de frente com o sistema, sem pisar nas pessoas conseguindo de forma incontestável, o seu valoroso espaço na arbitragem.

Silvia era uma árbitra disciplinadora, que não tinha o hábito de levar desaforos para casa. Acostumada por atuar em grandes espetáculos, em seu currículo vitorioso no apito há clássicos e mais clássicos dentro do futebol brasileiro, marca essa que muito marmanjão não conseguiu e nem conseguirá bater.

Hoje fora dos gramados, o conhecimento adquirido em quase duas décadas de experiência é levado aos mais jovens. Embora recuse o rótulo de a estrela da arbitragem brasileira, Silvia Regina é muito mais que isso, pois foi ela a grande responsável pelo crescimento da arbitragem feminina no Brasil.

Que a CBF e Federação Paulista nunca se esqueça disso e continue lhe valorizando.

Artigo publicado no blog: Expresso da Várzea.
Editado neste blog: Por Valter Ferreira Mariano

1 de fev. de 2013

O TRABALHO EM EQUIPE - SUCESSO NO UNIVERSO DA ARBITRAGEM DE FUTEBOL!


Uma forma especial de organização, que visa, principalmente, a ajuda mútua entre árbitro (regra 05), árbitros assistentes (regra 06) e o quarto árbitro em uma mesma partida (regra 07) é o trabalho em equipe, que pode ser descrito como um conjunto de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou um determinado trabalho.


O trabalho em equipe busca a valorizar cada indivíduo e permitindo que todos façam parte de uma mesma ação, além de possibilitar a troca de conhecimento e experiência, pois motiva a equipe de arbitragem a buscar de forma coesa os objetivos traçados para a partida.

Na visão do psicólogo Abraham Maslow (1908-1970), profissional que deu início a Psicologia Transpessoal (área da psicologia que estuda a consciência nos seus diferentes níveis e a sua relação com os aspectos evolutivos do ser), o trabalho em equipe possibilita dar e receber, por parte de cada um de seus membros, afeição, aceitação e sentimento de importância. Para Maslow, “isto faz com que o indivíduo cresça, tornando o trabalho determinante, pois o objetivo a ser alcançado depende, exclusivamente, da satisfação psicológica do indivíduo bem como das relações humanas”.

A necessidade de desenvolvimento do trabalho em equipe passa por diversos fatores de importância, como a definição de prioridades, o incentivo, divisão de responsabilidade, comunicação, cooperação, uma palavra amiga, otimismo e o estar aberto a ouvir e ser ouvido. Todos estes fatores, quando são acrescidas ao ser individual (si próprio), pode significar o sucesso da equipe de arbitragem no fim da partida.

Entretanto, como benefício, uma equipe coesa aflora muitas características que até então passavam despercebidas no individual, como a alegria de atuar, a participação e a visão do espírito do jogo.

Podemos usar como exemplo as palavras do ex-árbitro italiano Pierluigi Collina, que apitou a final de Copa do Mundo da FIFA – “trabalho de equipe é também um aspecto crucial da arbitragem, assim como os onze jogadores em uma equipe de futebol devem trabalhar juntos para atingir o objetivo comum de conseguir um resultado positivo, o árbitro, seus dois assistentes e o quarto árbitro podem fazer apresentações de excelente qualidade se eles se incentivarem se comunicarem apropriadamente. Porém aquele que achar que pode suportar sozinhas a responsabilidade de uma partida e que tenha a prepotência que pode apitar sem a ajuda de seus assistentes é, na verdade, um árbitro muito pobre”.

Portanto podemos definir que o trabalho em equipe e de vital importância para uma boa arbitragem, pois significa compartilhar uma direção comum: o sucesso dentro do universo da arbitragem de futebol.

Por Valter Ferreira Mariano
Foto: Álbum de foto de Celalettin Lütfi Bektaş


22 de jan. de 2013

OS CAMINHOS DO UNIVERSO DA ARBITRAGEM


O apito é soprado, inicia-se uma partida de futebol. No meio do solo sagrado, campo de futebol (regra 01), se encontra João dos Santos, homem humilde de pouca posse, porém rico de virtudes e bondade no coração. Aprendeu com o pai a lição mais importante da vida, a lição de nunca beneficiar-se de algo ilícito. E foi esta lição que o levou a querer ser um árbitro de futebol.

Para chegar a ser um bom árbitro (regra 05), João dos Santos sabe que os caminhos da arbitragem não serão caminhos cobertos de pétalas e sim cheios de espinhos, onde encontrará a arrogância e o egoísmo dos próprios companheiros, mais também sabe que tais obstáculos serão transpostos com uma postura independente, com iniciativa, originalidade e dedicação.

Na busca do seu ideal, João dos Santos sabe que deverá sempre manter uma postura de cooperação e de bom senso, estando aberto ao dialogo e ao entendimento. O otimismo que estampa suas atitudes serão contagiante e será o caminho da arbitragem que o levará ao sucesso.

A vida dentro da arbitragem sempre colocará em situações deverá empregar o senso prático e assumir tarefas que requeiram alguns sacrifícios. Estes sacrifícios desenvolveram sua flexibilidade; a ser uma pessoa tolerante, principalmente consigo mesmo; ter fé na sua capacidade de viver de modo construtivo e organizado. E este será o caminho para ser um árbitro vencedor.

Prosseguindo com sua jornada, João dos Santos encontrará situações onde irá aprender com as experiências vividas por outros árbitros, as quais lhe permitiram a fazer mudanças quando necessárias. E este será o caminho que lida sabiamente com a liberdade, seguir o ritmo natural, desapegar-se de velhos hábitos e aceitar a correção na sua maneira de arbitrar.

Outro caminho que João dos Santos passará dentro da arbitragem será o levará a exercitar a responsabilidade com relação aos outros, principalmente com sua família, a capacidade de compreensão e senso de justiça.

A capacidade de analisar e aprofundar nos conhecimentos do espírito das regras e transmiti-los aos leigos apaixonados será o caminho da divulgação da Carta Magna do futebol.

O desafio do último caminho será a cobrança perpétua do perfeccionismo que a sociedade futebolística requer do árbitro. Porém João dos Santos deve encarar este caminho, como um ser humano, e não cobrar este perfeccionismo de si mesmo e nem dos outros. Não deve protelar decisões e nem alimentar situações antissociais, deve sempre exercer a sua capacidade de conhecedor das 17 regras e exercer este poder com responsabilidade e humildade, equilibrando sempre os aspectos textuais com o seu espírito.

Se chegar o fim desta jornada, João dos Santos deverá ter em mente que apenas um chegará ao topo e não será demérito nenhum se não conseguir ser um árbitro FIFA, mas terá o respeito dos demais árbitros por ter tentado e se dedicado a este ideal.

Por Valter Ferreira Mariano

8 de jan. de 2013

COMO ESTUDAR A CARTA MAGNA DO FUTEBOL (LIVRO DE REGRAS)?


Para realizarmos algo com sucesso no Universo da Arbitragem de Futebol e preciso ter vontade de realizar, e esta vontade e conjugada ao estudo da Carta Magna e sua diretrizes.

Para iniciar um bom estudo e necessário tirar tudo da cabeça o que não se refere ao universo da arbitragem, em seguida limpe a mesa, somente deixa sobre ela o material que será estudado. Agindo desta forma sua mente estará com mais espaço e facilitará uma leitura mais eficaz do texto, e, as informações serão rapidamente compreendidas.

Sua concentração deve ser focada no que esta lendo, assim se cansará menos e sua capacidade de aprender será ampliada, treine sua habilidade de conseguir a atenção no que esta fazendo, pois esta habilidade também será requisitada dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01), onde sua concentração será colocada a prova a cada minuto da partida.

Reflita constantemente o que esta aprendendo, persista mesmo quando não entender este ou aquele trecho do texto, o importante é compreender que esta lendo e não apenas ler o texto inúmeras vezes e não entender, tirar as duvida com outro companheiro da nobre função é uma boa maneira de aprender corretamente os textos da Carta Magna.

O raciocínio deve este empenhado em aprender corretamente tudo que esta sendo absorvido, somente vire a pagina quando tiver a certeza que realmente aprendeu, sua inteligência em função do estudo procurando o que deve ser compreendido resulta numa maior capacidade na aplicação das regras e diretrizes na partida, permitindo reduzir o coeficiente de erros que possa ter durante a mesma.

Evite estudar perto de pessoas onde conversam, de preferência ao silencio, escolha um lugar onde permite certo conforto, utilize de mesa e de uma cadeira, sente-se, não adquire o vicio de estudar deitado, pois tudo que for lido pode ser apagado pelo inevitável sono, evite está perto de rádio ou televisão, certamente irão desviar sua atenção, sempre se alimente antes de estudar, claro, coma o necessário, sem gula, pois esse excesso prejudicará sua habilidade de aprender e compreender corretamente o que esta sendo lido.

Um bom estudo é aquele que feito de forma planejada e organizada, tendo tudo que deve ser utilizado com fácil acesso. Não tenha a sede de aprender tudo de uma só vez, use intervalos, use o tempo reservado com sabedoria, pois a Carta Magna (Livro de Regras) requer de seu leitor a eterna leitura de suas paginas.

Por Valter Ferreira Mariano

4 de dez. de 2012

O CONFLITO DE OPINIÕES DENTRO DO UNIVERSO DA ARBITRAGEM.


Os árbitros (regra 05) de futebol são pessoas iguais às outras e passam por conflitos de relacionamento em todas as áreas, quer na vida pessoal como em sua área de atuação.

Dentro da nobre função e comum estabelecer certos grupos de amizades em separado, onde se vê certa admiração por este e certo repudio por aquele nobre companheiro. Isso é perfeitamente normal em local de trabalho, e, não seria diferente no universo da arbitragem de futebol onde o cenário de disputa por um lugar ao sol é ainda mais acirrado.

O árbitro deve entender que todo o seu conhecimento técnico e expertise não poderá ajuda-lo nestas situações de conflito. Sua capacidade emocional será amplamente necessária para sobressair destas situações. Observamos uma escala onde um dos árbitros assistentes (regra 06) não tem uma boa afinidade com o árbitro e vise versa, se levarem esta situação para dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) certamente será um desastre à atuação de ambos.

O conflito em si não é mau a ser extraído, ele gera competividade e superação, debate de novas ideias e uma maior dedicação à causa da nobre função. Neste processo, a sociedade futebolística ganha árbitros a fim de superar seus limites de ser humano e o universo da arbitragem, ganha árbitros de ponta.

Mas tem o lado sombrio gerado pelo interesse pessoal, e, este interesse leva a ruina qualquer arbitragem, isso ocorre quando há divergência de opinião e ninguém quer abaixar a guarda e surge aquele anseio de bate-pronto; “Sabia que você iria me queimar, você não respeita a opinião dos seus assistentes!”, este anseio deve ser evitado, reconhecer o erro ou pedir opinião não rebaixa ninguém, ao contrario, eleva o espirito de confiança e admiração. A humildade é rotulada pelos tolos como arauto da fraqueza, tolos, pois a humildade demostra a capacidade de aprender e extrair as coisas boas das experiências vividas e das ideias opinadas pelos companheiros.      
               
Os conflitos também revelam que todos devem ter a atitude de elogiar quando o companheiro teve uma atuação exemplar. São palavras que reconhecem que você acredita no trabalho do seu companheiro, e não o coloca acima de você, pelo contrario, o iguala, aumentando o raio de confiança, respeito e honestidade dentro da equipe de arbitragem.

Por Valter Ferreira Mariano
Foto: Valter Ferreira Mariano,  Junivan Rodrigues de Sousa e Ricardo Famá

27 de nov. de 2012

ADVERTÊNCIA – CARTÃO AMARELO.


"Juiz (árbitro), esqueceu o cartão em casa?" Na sociedade futebolística é comum ouvir esta frase durante uma partida de futebol. Principalmente quando ocorre uma das infrações citadas na regra 12 (faltas e incorreções).

O cartão amarelo foi introduzido pela FIFA na Copa do México (1970) e o jogador inglês Lee foi quem recebeu o primeiro cartão. Essa introdução se fez necessária devido ao fato da dificuldade de comunicação entre os árbitros (regra 05) e os jogadores (regra 03), por causa dos diferentes idiomas dos países participantes. O cartão amarelo é apresentado para mostrar ao publico em geral que o jogador foi advertido.

Em suma, um jogador será advertido sempre que tiver uma atitude antidesportiva. E mais, se receber uma segunda advertência na mesma partida, este será imediatamente expulso do solo sagrado (campo de jogo – regra 01).

Todo o Jogador que persistir em infringir as regras (com pequenas infrações) ou perder tempo com a clara intenção de se beneficiar, também será advertido. Ou seja, o jogador que retardar o reinício do jogo chutando para longe a bola ou, levá-la nas mãos depois que o árbitro tenha apitado ou, cobrar um tiro livre (regra 13) em lugar errado com a deliberada intenção de obrigar o árbitro a ordenar a sua repetição ou, se colocar em frente à bola durante a execução de um tiro livre concedido a equipe adversária, será advertido.

Será advertido o jogador que fingir estar contundido, retardar sua saída do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) durante um processo de substituição (caminhando de forma lenta, parando para abaixar as meias ou retirar a caneleira), abandonar deliberadamente o campo de jogo, entrar ou voltar a entrar no campo sem permissão do árbitro, simular a intenção de lançar um arremesso lateral (regra 15), porém deixar de imediato a bola (regra 02) para um companheiro, retardar para cobrar um tiro livre, um tiro de meta (regra 16) ou tiro de canto (regra 17).

Todo o jogador que protestar contra a arbitragem, quer por meio verbal ou através de gestos também será advertido.

Por mais que seja permitida que o jogador expresse sua alegria no momento mágico do futebol, a celebração do gol (regra 10) não poderá ser excessiva, também não pode fazer gestos ofensivos, debochados ou provocantes, nem subir em alambrados ou tirar a camisa por cima de sua cabeça ou cobri-la com a mesma ou ainda se utilizar de mascaras ou algo similar. O jogador que fizer qualquer uma das situações citadas, também será advertido.

Uma crítica muito comum contra os árbitros é a não utilização de um mesmo critério na aplicação da advertência. Isso é claramente observado quando um jogador é advertido e logo em seguida comete outra falta também para advertência, e o árbitro não aplica a segunda advertência que consequentemente seria expulso.

Este tipo de atitude afeta seriamente a parte disciplinar da partida, dando ao árbitro o rótulo de juiz mediador, condenado sua atuação e criando ainda mais a animosidade deste ou daquele clube em relação sua imagem.

O árbitro não deve ter a postura de mediador, e sim, entender que a boa arbitragem passa pelo caminho da disciplina e da aplicação da Carta Magna (livro de regras) com consistência e sabedoria.

Por Valter Ferreira Mariano
Foto: árbitra assistente Graziele Crizol - Brasil