Todo o amante do futebol lembra-se da jogada genial do quarto gol da seleção brasileira na final da Copa do Mundo do México contra a Itália. Dizem que foi algo sobrenatural, coisa de gênio, coisa que somente o rei poderia fazer. Pois bem, nada disso, o que Pelé tinha juntamente com o seu futebol incomparável chama-se visão periférica.
A capacidade de perceber, numa fração de segundos, os acontecimentos ao ser redor, permitiu Pelé à perfeição desta jogada. Esta visão periférica e um dos sentidos que o árbitro (regra 05) de futebol deve se utilizar para obter uma boa arbitragem. Ela permite que seus olhos estejam focados na bola (regra 02) sem perder sua atenção nos jogadores (regra 03) envolvidos na jogada. Ou, numa situação de contra ataque onde a possibilidade de obter um gol (regra 10) e eminente, seus olhos deverão estar focados no jogador que esta com a bola sem perder o árbitro assistente (regra 06) do seu campo visual.
Normalmente as pessoas tende a usar mais sua visão central do que a periférica, entretanto no universo da arbitragem esta visão central fica em segundo plano, pois é imprescindível que o árbitro desenvolva sua habilidade de focar as cores das camisas dos jogadores, a bola e seus árbitros assistentes esta habilidade requer uma coordenação dos movimentos rápidos de seu pescoço com seus olhos, permitindo uma visão ampla dos acontecimentos em sua volta sem precisar virar seu corpo para achar o que necessita ser focado.
Para obter uma melhora ou desenvolver sua visão periférica o árbitro deve de se utilizar de seu cotidiano, pois ele é rico em situações que exige esta visão, como estar dirigindo o seu carro, sua atenção deve esta focada no trânsito à frente porem e seus olhos também deve esta atentos ao retrovisor, às placas de sinalizações e aos pedestres.
A visão do árbitro do lance deve ser nítida e ampliada para uma decisão acertada, será este campo visual que lhe permitira uma antevisão dos acontecimentos, dando a ele a capacidade de uma leitura precisa da jogada e permitindo a aplicação da Carta Magna (livro de regras) com sabedoria e dando-lhe a segurança de não ter errado em sua decisão.
Por Valter Ferreira Mariano
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