Paulo César de Oliveira FIFA/SP |
O direito à informação, consagrado na Constituição Federal, requer dos veículos de comunicação senso ético, responsável e isento, onde deve prevalecer um bom jornalismo.
A imprensa esportiva, principalmente a que tem o futebol como seu carro chefe, tem grande influência na formação de opinião dos ouvintes e telespectadores, que são torcedores loucos pelo time do coração, sendo que esta não deve ser confundida com informação. Os programas esportivos exibidos nos canais de televisão bem como nas rádios, têm o direito legítimo de expor suas preferências, porém, sem contaminar a mente do torcedor, deformando a realidade de um resultado de revés, atribuindo o mesmo a um erro de arbitragem.
A matéria de cunho opinativo deveria ser feita em forma de editoriais ou nas manifestações dos torcedores, quando entrevistados.
Em época de final de campeonato, exacerbar de forma negativa as atuações dos árbitros (regra 05) e dos árbitros assistentes (regra 06) a partir de repetição de imagem obtidas pelos olhos frios das câmeras de televisão espalhadas por vários ângulos ou na utilização de recursos eletrônicos do tipo tira-tema, é uma maneira de direcionar a opinião do torcedor, levando ao perigoso caminho da desconfiança, onde a arbitragem manipula resultado, no sentido de beneficiar este ou aquele clube.
Neste caminho, narrador, comentarista e repórter, têm papel decisivo. Cabe a estes determinar de que forma o erro de arbitragem deve ser visto e abordado. A partir da convicção destas pessoas e conhecimento da Carta Magna do Futebol – Livro de Regras, deve informar ao público a verdadeira face do erro, sem o interesse de transforma-lo em mártir para obter IBOPE.
O antídoto para esta situação é a realização de cursos de arbitragem com os membros da imprensa futebolística. Transformando-os de leigos em embaixadores da Carta Magna. Onde com o novo conhecimento adquirido poderão passar ao seu público (torcedores) a verdadeira imagem do Universo da Arbitragem de Futebol. Passando a responsabilidade do revés aos jogadores que não se empenharam durante a partida, aos treinadores que escalaram seus times de forma equivocada ou fez substituições que não deveriam fazer e aos cartolas que fizeram contratações erradas ou simplesmente sumiram com as finanças do clube.
Por Valter Ferreira Mariano
Um comentário:
Já não há +comentarista desportivo sem 1viés de torcedor de clube ou amigo de dirigente. Alguns até são de forma explícita. Aqui em Natal/RN ou qualquer outro lugar do Brasil o profissionalismo muitas vezes é só 1a palavra. Vale Tudo pela audienciam
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