Dentro do universo da arbitragem de futebol o individualismo, mesmo aliado à competência, pode ser fatal ao árbitro (regra 05).
O individualismo produz uma quebra de confiança dentro do relacionamento pessoal e profissional, na nobre função em alguns casos, trata-se até de um rompimento irremediável entre o árbitro e seus assistentes, produzindo ações do tipo “ele quer apitar sozinho, então que fique sozinho, não vou marcar nada!”. Consequência: péssima arbitragem.
O individualismo também pode ser benéfico, pois ele representa a concepção do árbitro de entender e aplicar a Carta Magna (livro de regras), sua afirmação e liberdade à frente da equipe de arbitragem.
No entanto este individualismo não pode exceder e tornar egocêntrico, se achar que é o Sol, onde todos os demais giram em sua volta, julgando que todos dependem e tem que aceitar suas imposições. Esta soberba resulta na decadência da carreira e acrescenta certa rejeição dos demais companheiros em futuras escalas.
No universo da arbitragem o árbitro é o único com poder de aceitar ou não as marcações de seus assistentes, porém deve lembrar que não esta só dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) e ações em conjunto pode resultar em decisões corretas. Isso pode ser solucionado num bom plano de trabalho discutido e planejado antes da partida que irão atuar.
Visto estas colocações, o individualismo impõe ao árbitro uma liberdade, singularidade e auto-responsabilidade, suas ações lhe dará o respeito e não a submissão de seus assistentes.
Por Valter Ferreira Mariano
Final do Campeonato Amador 2010 - árbitro Valter Ferreira Mariano
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