Bandeirinha de futebol. Fascinante esta função! Correr pela lateral do campo, do lado de fora, no vai-e-vem, procurando sempre assistir ao seu companheiro, a sua senhoria, o árbitro. Uma função importante, sobretudo, quando o árbitro interrompe a partida e vai consultá-lo sobre o impedimento do atacante ou mão na bola dentro ou fora da área. Da sua boca sai à sentença – seja ela qual for. É mais do que um momento de glória. É um momento de verdade.
Acima descrevemos um pouco da função do árbitro assistente, também chamado na língua futebolística de “bandeirinha”. A sua função esta descrita na regra de nº 06, do livro de regras, ou seja, na Carta Magna do futebol.
Com a evolução constante do futebol, as tarefas do árbitro assistente tornam-se ainda mais importante, na medida em que o ritmo do jogo e o condicionamento físico dos atletas foram aumentando, a sua responsabilidade também foi ampliada.
O posicionamento, a comunicação e a cooperação, são fatores importantes para bom desempenho do árbitro assistente.
O árbitro assistente deve ter sua concentração focada simplesmente na partida, principalmente na marcação de impedimento (regra nº 11) e na obrigação de alertar o árbitro (regra nº 05) para as situações de que este não se apercebe. Deve demonstrar confiança e coragem em todas as decisões, especialmente naquelas que ocorrem dentro da área penal (campo de jogo – regra nº 01).
Um ótimo preparo físico é indispensável. Hoje planilhas de treinamentos são elaboradas especialmente para o árbitro assistente, diferentemente a ser seguida pelo árbitro. Estes treinos específicos descrevem muito as situações vividas durante uma partida de futebol, e assim a condição de acompanhar a jogada será uniforme até o final da mesma.
A utilização da bandeira continua ser a principal forma de comunicação entre o assistente e o árbitro. Assim sendo, este sinal deve ser de forma clara e segura, não é permitido levantar ou abaixar o instrumento rapidamente, sem que o árbitro veja este sinal e o entenda corretamente. Levantar e abaixar no meio do caminho a bandeira, ou seja, “pescar”, é uma postura de falta de concentração e gera duvida em futuras ações do árbitro assistente.
O árbitro assistente tem que saber que é humano, por sua natureza e passivo de erro. No entanto, somente com muito trabalho e dedicação, conhecimento das regras e observações nas atuações de seus companheiros, que os erros serão mínimos durante a partida.
Nota 1: O primeiro parágrafo é um resumo do texto "A verdade e a glória", de Carlos Heitor Cury.
Nota 2: “Ser árbitro é, antes de mais nada, uma norma moral”, frase do amigo e ex-instrutor da Federação Paulista de Futebol, Gustavo Caetano Rogério.
Por Valter Ferreira Mariano
Foto: A linda e competente árbitra assistente Graziele Crizol (São Paulo - Brasil)
2 comentários:
Tudo isso sendo descrito por vc para mim e um honra aprender,parabens e continue com este belissimo trabalho ensinando a maneira certa da aplicaçao da regra.
Parabéns Valter Mariano!
A sua produção é simplesmente magnífica. Sempre trabalhos impecáveis, objectivos e cheios de conteúdo.
Saudações
Alberto Helder
Lisboa-Portugal
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