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3 de dez. de 2009

Lei que profissionaliza árbitros será votado início de 2010

O projeto de lei que regulamenta a profissão de árbitro de futebol deve ser levado a votação no início de 2010.

13/11/2009 - Em meio à crise causada pelos seguidos erros de arbitragem no Brasileirão, os homens de preto têm algo a comemorar: o sonho em ter seu ofício reconhecido voltou a ter tons de realidade. Há sete anos na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que regulamenta a profissão de árbitro de futebol deve ser levado a votação no início de 2010.

A retomada foi fruto da união entre a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) e o deputado federal Edinho Bez (PMDB-SC). Se aprovada, a lei protegerá legalmente os juízes, garantindo, entre outros direitos, carteira assinada e acesso à Previdência Social.

Para Jorge Paulo Alves, presidente da Anaf, a mudança dará a
segurança de que os árbitros precisam:

– Hoje, ele é um mero prestador de serviços para a CBF. Ele pode estar atuando em um dia; no outro, não mais. Não se pode ter uma vida programada em termos profissionais, mesmo trabalhando em um futebol altamente rentável.

O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem (CONAF), Sérgio Corrêa, não quis comentar o projeto. Segundo o assessor da CBF, Rodrigo Paiva, "a entidade desconhece essa situação."

O estranhamento à notícia tem explicação: o deputado Bez fez questão de não procurar a CBF. Segundo ele, a entidade ainda não mereceu o contato por conta de seu descaso com a arbitragem brasileira.

– Ouvi todo mundo, menos a CBF. Ela não participa de nada na arbitragem, não orienta, não dá instrução. Só escolhe. Ela não está preocupada. É uma vergonha. Somente depois irei procurar a CBF – disparou.

Ricardo Teixeira Presidente da CBF disse que só em 2009 a entidade gastou R$ 1 milhão em investimentos na melhoria da arbitragem, quantia que inclui cursos de campo e seminários que contaram com a participação de árbitros de todos os estados do País.

O Presidente do Sindicato dos Árbitros Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Saperj), Jorge Rabello, alertou para outros problemas além do reconhecimento da profissão.

– Não é por causa disso que, amanhã, os árbitros não irão mais errar. É preciso criar uma estrutura. Aí está o grande problema da arbitragem. Precisamos de um projeto – opinou.

Fonte: LANCEPRESS!

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