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2 de set. de 2009

O HERÓI DA VÁRZEA

Como podemos definir o árbitro que apita futebol não profissional, o chamado futebol de várzea. Que adjetivo é mais apropriado. Herói! ou simplesmente louco!

Eles geralmente deixam o aconchego de seus lares, nos domingos, antes dos primeiros raios de sol, mal tomam o café da manhã e já correm para não perder a primeira condução, e tudo isso para chegar sempre no horário, antes das equipes, nos campos de futebol espalhados por este Brasil à fora.

São pessoas simples, porém dedicadas. Depois de vestirem a surrada roupa de árbitro e calçarem o velho par de chuteiras, digo de passagem, muito bem engraxadas, lá vão eles pra enfrentarem as mais diversas situações que uma partida de futebol pode proporcionar.

Uma boa parte destes “homens de preto” se quer concluiram o ensino básico ou até mesmo nem possui um diploma de curso de arbitragem de futebol. Apitam de coração. Com a coragem. Com a educação recebida dos pais, educação esta que resume à honestidade e ao respeito ao próximo. Do princípio de nunca prejudicar ou cometer injustiça.

São eles, sempre presentes nos campos de grama ou sem, de terra batida ou esburacado, com ou sem alambrados, com pequenos balaústres ou uma simples corda para separar a torcida enlouquecida querendo sempre o seu “couro”.

Campos estes localizados nas periferias das grandes cidades, em lugares em que até mesmo a polícia pensaria duas ou mais vezes antes de visita-los.

São estes árbitros que farão nas mentes dos futebolistas de fins de semana a alegria ou a tristeza. Pois a vitória veio apesar deles. E a derrota veio por causa deles.

Pessoas humildes, seres humanos, porém são árbitros de futebol. Verdadeiros heróis dos campos de futebol da várzea.

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