Blog voltado para divulgação das 17 regras da Carta Magna do Futebol
31 de out. de 2012
24 de out. de 2012
BANDEIRINHA DE FUTEBOL.
Árbitra assistente Renata Marsal |
Acima descrevemos um pouco
da função do árbitro assistente, também chamado na língua futebolística de
“bandeirinha”. A sua função esta descrita na regra de nº 06, do livro de
regras, ou seja, na Carta Magna do futebol.
Com a evolução constante do
futebol, as tarefas do árbitro assistente tornam-se ainda mais importante, na
medida em que o ritmo do jogo e o condicionamento físico dos atletas foram
aumentando, a sua responsabilidade também foi ampliada.
O posicionamento, a
comunicação e a cooperação, são fatores importantes para bom desempenho do
árbitro assistente.
O árbitro assistente deve
ter sua concentração focada simplesmente na partida, principalmente na marcação
de impedimento (regra nº 11) e na obrigação de alertar o árbitro (regra nº 05)
para as situações de que este não se apercebe. Deve demonstrar confiança e
coragem em todas as decisões, especialmente naquelas que ocorrem dentro da área
penal (campo de jogo – regra nº 01).
Um ótimo preparo físico é
indispensável. Hoje planilhas de treinamentos são elaboradas especialmente para
o árbitro assistente, diferentemente a ser seguida pelo árbitro. Estes treinos
específicos descrevem muito as situações vividas durante uma partida de
futebol, e assim a condição de acompanhar a jogada será uniforme até o final da
mesma.
A utilização da bandeira
continua ser a principal forma de comunicação entre o assistente e o árbitro.
Assim sendo, este sinal deve ser de forma clara e segura, não é permitido
levantar ou abaixar o instrumento rapidamente, sem que o árbitro veja este
sinal e o entenda corretamente. Levantar e abaixar no meio do caminho a
bandeira, ou seja, “pescar”, é uma postura de falta de concentração e gera
duvida em futuras ações do árbitro assistente.
O árbitro assistente tem que
saber que é humano, por sua natureza e passivo de erro. No entanto, somente com
muito trabalho e dedicação, conhecimento das regras e observações nas atuações
de seus companheiros, que os erros serão mínimos durante a partida.
Nota 1: O primeiro parágrafo
é um resumo do texto "A verdade e a glória", de Carlos Heitor Cury.
Nota 2: “Ser árbitro é,
antes de mais nada, uma norma moral”, frase do amigo e ex-instrutor da
Federação Paulista de Futebol, Gustavo Caetano Rogério.
Por Valter Ferreira Mariano
18 de out. de 2012
Vídeo: Fatores que podem atrapalhar árbitro assistente (regra 06) nas suas tomadas de decisão.
Reportagem exibida no dia
18/03/2012 pela Rede Globo, no programa Esporte Espetacular, sobre ilusões
sensoriais e perceptivas que podem atrapalhar o assistente na tomada de decisão
de impedimentos (regra 11).
17 de out. de 2012
Mão na bola ou bola na mão?
Na sociedade futebolística,
os termos “mão na bola ou bola na mão”, tem o mesmo significado. Esta
incapacidade de identificar corretamente a diferença entre duas situações
provoca inúmeros protestos contra os árbitros (regra 05) quando esta infração
(regra 12) é punida ou deixa de ser punida.
Podemos iniciar o assunto,
dando um exemplo de um jogador que se encontra numa “barreira” e um tiro livre
direto (regra 13) é lançado e a bola bate em sua mão ou braço, que neste
instante estava protegendo o seu rosto. Esta situação não deve ser interpretada
como mão intencional e nenhuma infração deve ser marcada. Porém se ao invés de
usar sua mão ou braço para proteger o seu rosto, este jogador (regra 03) eleva
sua mão acima de sua cabeça, ampliando o seu corpo com a clara intenção de
interromper a trajetória da bola, esta mão intencional deve ser punida com tiro
livre direto ou penal (regra 14) se jogador estiver dentro da sua área penal
(grande área).
Outra situação onde o
jogador age sem prudência, buscando um dano, sem cautela, é quando sai para
interceptar um cruzamento com ambos os braços totalmente estendido
horizontalmente, ampliando o seu corpo e a possibilidade da bola bater em sua
mão ou braço. Esta situação deve ser punida com tiro livre direto ou penal se o
jogador estiver dentro da sua área penal.
Toda vez que a bola bater na
mão ou braço, estando este rente ao corpo do jogador ou este se encontrar de
costa para o lance ou ainda num bate e rebate a bola choca-se na mão ou no
braço, o árbitro não deve interpretar como mão intencional, mesmo que esta ação
provoque um desvio na trajetória da bola.
Recorda-se que a mão
intencional é punida com tiro livre direto ou penal, se a infração for cometida
dentro da área penal. Normalmente, não será aplicada uma advertência ou uma
expulsão.
No entanto, será expulso o
jogador que impeça com mão intencional um gol (regra 10) ou frustre uma
oportunidade manifesta de gol. Essa punição não se deve à mão intencional, mas
devido a intervenção inaceitável e antiesportiva que impede marcar um gol.
Porém existem duas
circunstâncias nas quais, além de ser punido com tiro livre direto contra sua
equipe, o jogador será advertido quando tocar ou golpear deliberadamente a bola
para evitar que o adversário a receba ou tentar marcar um gol usando sua mão ou
braço.
Portanto sempre que ocorrer
uma destas situações, tente visualizar se houve uma tentativa de obter uma
vantagem ilícita e desta maneira saberá se o árbitro soube interpretar
corretamente ou não esta situação de bola na mão ou mão na bola.
Nota:
Neste ultimo domingo (14) dois lances chamaram atenção por ser semelhante porem
com visão diferente pelo árbitro destas partidas, Fluminense x Ponte Preta –
Atlético x Sport, veja os vídeos e dê acordo com que você pode observar no
texto acima tire sua conclusão deixando um comentário.
Por Valter Ferreira Mariano
9 de out. de 2012
O PAPEL DO ÁRBITRO DE FUTEBOL.
O árbitro de futebol (regra
05) tem um papel muito importante, pois cabe a ele aplicar as regras, e de
certa maneira, passa ter autoridade sobre tudo e todos que estão relacionados
ao jogo. O problema é que muitos árbitros não conseguem arcar e nem entender
este “poder” e acabam comprometendo muitos jogos perdendo-se dentro de própria
autoridade. Isso conduz à falta de esportividade e, muitas vezes, até de
educação.
O papel do árbitro é
ingrato; ele corre mais do que os jogadores (regra 03), tempo todo. Este
intruso que ofega sem descanso e tem como recompensa a sociedade futebolística
exigindo sua cabeça. Do princípio ao fim de cada partida, ele é obrigado a
seguir a bola (regra 02) que vai e vem entre os pés alheios. É evidente que
adoraria brincar com ela, mas não lhe é permitido. Quando a bola, por acidente,
bate em seu corpo, todo mundo lembra sua mãe. Pelo simples fato de estar ali,
no solo sagrado (campo de jogo – regra 01) de grama ou de terra batida onde a
bola gira e voa, ele aguenta insultos, vaias, pedradas, maldições e
infelizmente agressões físicas.
Raramente toma uma decisão
que coincide com a vontade de todos e nunca consegue provar sua inocência. Os
derrotados perdem por causa dele e os vitoriosos ganham apesar dele. O árbitro
é o álibi de todos os erros, explicação para todas as desgraças e a sociedade
futebolística teria que inventá-lo se ele não existisse.
O árbitro trabalha
juntamente com dois assistentes (regra 06) chamados, na linguagem
futebolística, de bandeirinhas. Os bandeirinhas ajudam, mas não mandam, olham
de fora. Eles ficam nas linhas laterais do campo (regra 01) para facilitar o
trabalho do árbitro do jogo. Outra pessoa que o auxiliar e o quarto árbitro e
na sua ausência, ele conta com o observador o chamado “mesário”, comum nos
campeonatos da várzea, que ficara responsável pela parte administrativa da
partida.
A Carta Magna do Futebol é
simples, porém somente aquele que consegue enxergar através de seu espírito
poderá ver o verdadeiro papel do árbitro. Como nós ele é simplesmente um ser
humano.
Por Valter Ferreira Mariano
Foto: árbitra BarikisuSalifu - Tamale Port, Northern, Ghana
3 de out. de 2012
A MARGINALIZAÇÃO DO ÁRBITRO
A sociedade futebolística
tem que se adaptar aos novos tempos da tecnologia, e vê os cidadãos do universo
da arbitragem de futebol como seres humanos e pela sua natureza são passíveis
ao erro.
Hoje se discute de forma
leviana as atuações dos árbitros (regra 05) e dos árbitros assistentes (regra
06) os popularmente bandeirinhas, colocando em evidência erros cometidos ou
decisões interpretadas de forma diferente. Erros registrados pelos olhos frios
das câmeras de televisão. Erros sentenciado pelo “tira-teima”. Erro de centímetros,
o pé do jogador, dando ou não a condição ao atacante em situação de fora de
jogo (impedimento - regra 11). O árbitro assistente visto por esta parafernália
eletrônica cometeu um erro capital, porém, se visto pelo olho humano, seria um
erro?
Esta forma equivocada de
observar uma partida de futebol, expondo a arbitragem como vilã, tirando toda a
responsabilidade dos dirigentes, dos jogadores e treinadores, que na primeira
divisão são contratados a peso de ouro com salários milionários, é algo injusto,
é desumano!
Este conceito de
responsabilizar a arbitragem pelo péssimo desempenho dos jogadores dentro do
solo sagrado (campo de jogo – regra 01) vem progressivamente ganhando na mídia
uma permuta cada vez maior do espaço, dando a entender que a arbitragem é
realmente a causadora dos maus resultados.
A decorrência disso é a
marginalização do árbitro e dos assistentes. Não duvidem que uma boa arbitragem
seja tratada como mero caso à parte.
Por Valter Ferreira Mariano
Foto: álbun de foto do facebook: Celalettin Lutfi Bektas
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