Blog voltado para divulgação das 17 regras da Carta Magna do Futebol
25 de abr. de 2012
24 de abr. de 2012
19 de abr. de 2012
SURGE O ÁRBITRO DE FUTEBOL
Vamos imaginar uma partida
de futebol sem o árbitro (regra 05). Como seria disputada, haveria o fair play (Fair
Play significa jogo justo, em português, e significa jogar limpo, ter espírito
esportivo. O conceito de fair play está vinculado à ética no meio esportivo,
onde os praticantes devem procurar jogar de maneira que não prejudiquem o
adversário de forma proposital).entre os jogadores (regra 03)?
Árbitro português - Pedro Proença |
Pois bem. Vamos voltar um
pouco na nossa máquina do tempo e saber como surgi este personagem tão mal
amado pela sociedade futebolística.
Desde a criação do esporte
bretão, os jogadores eram os que acusavam as infrações (regra 12) cometidas.
Acreditavam os ingleses no seu cavalheirismo, no fair play britânico. Mas como
toda regra tem sua exceção, havia os espertinhos, os que não possuíam sangue
azul, quando cometiam uma infração, os mesmo não acusava. E isso e tornou algo
que feria a prática do esporte. Então, a solução do problema veio em 1871 com a
criação do árbitro de futebol aquele que decidiria e apontaria as infrações
cometidas dentro do solo sagrado (Campo de jogo – regra 01).
Os primeiros árbitros
atuavam fora do campo de jogo e para sinalizar as infrações, se utilizavam de
uma bandeira de cor vermelha, com 15 x 15 centímetros, porém esta bandeira não
era tão eficaz, muitos jogadores alegavam que não viram a sinalização do árbitro,
e assim seguiam na jogada, provocando mais tumultos e muitas paralisações para
reclamar com a arbitragem.
Em 1881, o árbitro ganha um
apito. Instrumento que, silvado, interrompia com mais facilidade a partida,
agilizando o procedimento das cobranças das infrações, acabando com o aceno da
bandeirola.
Em 1891, para evitar as
constantes faltas, as faltas duras nos adversários, principalmente próxima à
meta, com a clara possibilidade de consignar um gol (regra 10), cria-se o
pênalti, para as infrações ocorridas na grande área (área penal). Pênalti é um
tiro livre direto, cobrado de uma marca a 11 metros do centro do gol (regra
14).
No ano seguinte o árbitro
ganha dois assistentes (regra 06), conhecidos popularmente como bandeirinhas,
com a finalidade de diminuir e dividir as funções do árbitro durante a partida.
Os árbitros assistentes passaram a ser mais úteis com o surgimento do
impedimento (regra 11) em 1907.
Em 1894, uma resolução
importante para o futebol: as decisões do árbitro passam a ser irrecorríveis, exceto
quando este comete um erro de direito, que ocorre na má interpretação e
aplicação das Leis do Jogo.
Fonte: A origem do futebol –
por Lucas Neto – material didático fornecido aos alunos durante o curso de
arbitragem, 1996/1997, da Escola de Árbitros Flávio Iazzetti – Federação
Paulista de Futebol.
Por Valter Ferreira Mariano
17 de abr. de 2012
LEANDRO BIZZIO MARINHO - HUMILDADE DE SER ÁRBITRO DE FUTEBOL
Nesta segunda (16) Leandro
Bizzio Marinho esteve na cidade de Campinas/SP, passado um pouco de sua vida
dentro do universo da arbitragem aos alunos do curso para árbitros de futebol
promovido pela EAMAR – Escola de Árbitros Marco Antônio Ribeiro em parceria com
a Liga Campineira de Futebol e RCF Eventos Esportivos.
LEANDRO BIZZIO MARINHO - SUCESSO ATRAVÉS DA HUMILDADE |
Foi uma resenha muito
bacana, onde, Leandro falou do inicio de carreira nos campos de terra batida de
São Paulo, seu começo na Federação Paulista de Futebol, algumas
curiosidades e apertos, de alegrias e realizações, apesar de estar no quadro da
CBF ainda quando possível volta as suas raízes atuando nos terrões da Copa
Kaizer.
Demostrando um total
conhecimento da Carta Magna (livro de regras) ele passou aos presentes a Regra
05 (Árbitro) do texto a dicas de posicionamento, da conduta dentro e fora do
solo sagrado (campo de jogo – regra 01) e uns toques pessoais de como ele se
sai em algumas situações difíceis.
Foi sem duvida uma noite agradável,
pois Leandro mostrou a todos que para ser um árbitro de ponta não requer ser o
dono da verdade, mas sim ser humilde e sempre renovar seus conhecimentos e
passando adiante, nunca se apegar na sensação que é um árbitro Top,
lembra, é apenas uma sensação.
A EAMAR, Liga Campineira de
Futebol e RCF Eventos Esportivos, agradece ao Leandro pela resenha e desejamos
muito sucesso dentro do universo da arbitragem de futebol.
Foto: Daniella Magalhães
12 de abr. de 2012
PALESTRA COM LEANDRO BIZZIO MARINHO - ÁRBITRO FPF/CBF
Nesta segunda feira (16) as 19h00min
no auditório da Liga Campineira de Futebol, palestra com o árbitro Leandro
Bízzio Marinho do quadro da Federação Paulista de Futebol e da CBF, onde o
mesmo vai falar da sua carreira bem como sobre a regra 05 (árbitro), esta
palestra é aberta aos árbitros de Campinas e região, bem como aos esportistas,
imprensa e pessoas ligadas ao futebol profissional e não profissional.
LEANDRO BIZZIO MARINHO - DIREITA DO JULIO CESAR |
O auditório da Liga
Campineira de Futebol fica a Avenida Prefeito Faria Lima, 345, Parque Itália -
Campinas – SP (perto do Hospital Dr. Mario Gatti), (19) 3272-8099 – 3272-5573.
Sua presença será
indispensável, pois o conhecimento a ser passado e muito valioso para o
desenvolvimento não só da arbitragem como na formação de dirigentes com novas
atitudes.
11 de abr. de 2012
Amor ou renda extra? O que leva um jovem a optar pela carreira de árbitro de futebol?
GISELLE DUTRA |
Quando um árbitro entra no
gramado de um estádio de futebol, as sonoras vaias vêm à tona e os xingamentos
após a primeira marcação de infração contra a equipe de coração dos torcedores
presentes coloca uma dúvida na cabeça de qualquer pessoa que não é do meio
esportivo:
“Por que o jovem escolhe ser
árbitro de futebol?”
Saber que esses “simples”
xingamentos podem virar agressões, ameaças ou perseguições não servem para
inibir o jovem da opção por se tornar árbitro de futebol. Tão pouco o
amadorismo e as condições precárias que algumas federações do país ainda oferecem
como falta de uma boa preparação, falta de segurança, vestiários sem um mínimo
de conforto, clubes que não oferecem nem água para a equipe de arbitragem,
etc...
As dificuldades para um
iniciante são enormes: As mensalidades nos cursos não são baratas, o prazo
médio de formação durante o curso está em torno de um ano, podendo chegar aos
dois anos. E ainda, algumas das federações possuem estratégias de atualização
dos árbitros e suas comissões de ensino agendam reuniões ou provas para testar
frequentemente os seus conhecimentos.
A preparação física ainda é
o fator que deixa um maior número de bons árbitros pelo caminho, pois os
índices do teste físico são bastante exigentes, mas ainda assim, todos os anos
as turmas que oferecem formação sempre estão lotadas e os olhos brilhantes em
busca de um futuro promissor na arbitragem!
O Árbitro de Futebol no
Brasil está sempre na mira dos torcedores apaixonados e críticos do esporte
mais praticado em um país com mais de 170 milhões de habitantes... Uma
verdadeira paixão nacional!
Não é fácil mesmo, mas
também quem disse que eles esperam facilidade?
Uma das primeiras frases que
o árbitro escuta em um curso de formação é: “-Você vai errar, mas procure não
errar de modo que possa interferir no resultado da partida!”.
Pois é, ele se encontra como
mediador do espetáculo e no dia seguinte muitas das vezes o seu nome nem é
lembrado por grande maioria que assistiu à partida... Ruim? Que nada! Muito
pelo contrário, não ser lembrado é comemorado por muitos que buscam o ápice na
arbitragem!
Pode soar estranho, pois
muitos leigos julgam que quando a pessoa escolhe ser árbitro é porque ela quer
aparecer, pois é justamente o inverso, o que ele menos quer nesse momento é
aparecer, pois isso pode lhe garantir muitas e muitas outras escalas!
Parar à frente de um
computador e buscar através da internet se o seu nome consta lá na escala é um
hábito que o árbitro começa a cultivar desde os seus tempos de aluno, quando
ele começa a ser escalado como quarto árbitro ou árbitro assistente, porém e o
medo de não ser escalado? Quando o seu nome não está lá, será que é por que tem
alguém contra ele, ou ele não atuou bem no jogo anterior? Pode ser isso, ou
não... Pode ser também pelo simples fato de existirem muitos árbitros no quadro,
o que é a grande realidade das federações do país...
Então se busca um
diferencial, atuar bem, de maneira segura, com bom posicionamento em campo,
sintonia entre toda a equipe escalada é fundamental, sem cometer falhas
grotescas e acima de tudo ter muita postura e esta postura é cobrada em todos
os momentos, seja com os colegas ou com os clubes, antes, durante ou depois dos
jogos, pois ela deverá ser uma grande aliada durante todo o tempo de carreira!
Mas por que isso tudo, se
além de toda a cobrança ainda não há a profissionalização da atividade pelo
mundo a fora? É necessário ter uma profissão para a garantia do seu futuro,
pois podem vir às lesões, os fracassos nos testes físicos ou a escassez de
escalas...
Em pesquisa realizada com
cento e cinquenta árbitros de futebol, foi levantada a seguinte questão: “-O
que o levou a optar por ser um Árbitro de Futebol?”.
Desde jovens árbitros até os
mais experientes, entre homens e mulheres, o resultado foi que 98% (noventa e
oito por cento) deles responderam que era o AMOR PELO ESPORTE e apenas 2% (dois
por cento) disseram que seria pelo fato de obter uma renda extra.
Pois é, eis aí o grande
motivo para o jovem escolher ser árbitro de futebol e não pensem que se trata
de jogadores frustrados como muitos insistem em anunciar, nada disso... Grande
maioria deles até jogaram como amador, porém não tinham pretensão de se profissionalizar
como jogadores de futebol, porém quando tiveram a oportunidade de participar de
uma partida compondo uma equipe de arbitragem, se apaixonaram e não largaram
mais a atividade! Salvo algumas exceções...
Extremante positivo o
resultado da pesquisa, pois sabemos que aqueles que entram em campo para
arbitrar uma partida, seja em uma pelada, treino ou jogo de profissionais,
pensando apenas na taxa que lhe vai ser oferecida, não têm futuro muito
promissor, pois realmente é preciso gostar de exercer esta atividade, porque se
não for desta forma o árbitro está fadado ao fracasso, isto é fato!
Por Giselle Dutra:
Árbitro Central – Federação de
Futebol do Estado do Rio de Janeiro, formada na Universidade Salgado de
Oliveira, Mora em São Gonçalo/RJ natural de Niterói Nasceu em 20 de Outubro de
1980.
É O ÚLTIMO HOMEM!
O dialeto da sociedade
futebolística tem algumas frases que não expressam a verdadeira face do fato,
como, por exemplo, a frase “é o último homem tem que ser expulso!”. O texto da
Regra é claro e não descreve nada à referida frase.
A Carta Magna é composta por
dezessete regras, dentre elas uma se refere à punição máxima, um grande
castigo: a expulsão de um jogador (cartão vermelho).
Para esclarecer a frase “é o
ultimo homem tem que ser expulso!”, o texto da Regra 12 descreve que toda vez
que um jogador comete uma infração punível com tiro livre direto ou indireto
justamente para impedir uma oportunidade manifesta de marcar um gol à equipe
adversária, o mesmo será expulso.
São duas ocasiões puníveis
com expulsão que se relacionam com o ato de impedir ou tentar impedir uma
oportunidade clara de marcar um gol. E não é necessário que a infração ocorra
dentro da área penal (grande área).
Uma delas ocorre quando um
jogador impede um gol ou uma oportunidade clara ao tocar intencionalmente a
bola com a mão. Essa punição não se deve a ação de o jogador tocar
intencionalmente a bola com a mão, mas pela intervenção desleal e inaceitável
de impedir que um gol seja consignado.
A outra ocorre quando um
jogador, ao invés do uso da mão, se utiliza de uma falta, dando um pontapé, uma
rasteira, um tranco, um empurrão, uma entrada (carrinho) tocando o adversário
antes da bola ou segurando-o pela camisa ou por qualquer outra parte do corpo,
impedindo assim a conclusão da oportunidade clara de gol.
Entretanto se o árbitro
(Regra 05) aplica a vantagem durante uma oportunidade clara de gol e o tento é
marcado diretamente, mesmo que o adversário toque a bola com a mão ou cometa
uma falta, o jogador infrator não será expulso, e sim advertido (cartão amarelo).
Para definir se o jogador
deverá ser expulso o árbitro deve considerar as seguintes circunstâncias:
• A distância entre a
infração e o gol (meta);
• A probabilidade de manter
ou controlar a bola;
• A direção do jogo;
• Localização e o numero de
defensores;
• A infração que impede um
adversário de marcar um gol pode constituir uma falta punível com um tiro livre
direto ou indireto.
Assim podemos afirmar que a
expulsão do jogador não ocorreu por ser último homem e sim por ter ferido a
regra 10 - O Gol MARCADO - que é único objetivo do jogo.
Por Valter Ferreira Mariano
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