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4 de dez. de 2012

O CONFLITO DE OPINIÕES DENTRO DO UNIVERSO DA ARBITRAGEM.


Os árbitros (regra 05) de futebol são pessoas iguais às outras e passam por conflitos de relacionamento em todas as áreas, quer na vida pessoal como em sua área de atuação.

Dentro da nobre função e comum estabelecer certos grupos de amizades em separado, onde se vê certa admiração por este e certo repudio por aquele nobre companheiro. Isso é perfeitamente normal em local de trabalho, e, não seria diferente no universo da arbitragem de futebol onde o cenário de disputa por um lugar ao sol é ainda mais acirrado.

O árbitro deve entender que todo o seu conhecimento técnico e expertise não poderá ajuda-lo nestas situações de conflito. Sua capacidade emocional será amplamente necessária para sobressair destas situações. Observamos uma escala onde um dos árbitros assistentes (regra 06) não tem uma boa afinidade com o árbitro e vise versa, se levarem esta situação para dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) certamente será um desastre à atuação de ambos.

O conflito em si não é mau a ser extraído, ele gera competividade e superação, debate de novas ideias e uma maior dedicação à causa da nobre função. Neste processo, a sociedade futebolística ganha árbitros a fim de superar seus limites de ser humano e o universo da arbitragem, ganha árbitros de ponta.

Mas tem o lado sombrio gerado pelo interesse pessoal, e, este interesse leva a ruina qualquer arbitragem, isso ocorre quando há divergência de opinião e ninguém quer abaixar a guarda e surge aquele anseio de bate-pronto; “Sabia que você iria me queimar, você não respeita a opinião dos seus assistentes!”, este anseio deve ser evitado, reconhecer o erro ou pedir opinião não rebaixa ninguém, ao contrario, eleva o espirito de confiança e admiração. A humildade é rotulada pelos tolos como arauto da fraqueza, tolos, pois a humildade demostra a capacidade de aprender e extrair as coisas boas das experiências vividas e das ideias opinadas pelos companheiros.      
               
Os conflitos também revelam que todos devem ter a atitude de elogiar quando o companheiro teve uma atuação exemplar. São palavras que reconhecem que você acredita no trabalho do seu companheiro, e não o coloca acima de você, pelo contrario, o iguala, aumentando o raio de confiança, respeito e honestidade dentro da equipe de arbitragem.

Por Valter Ferreira Mariano
Foto: Valter Ferreira Mariano,  Junivan Rodrigues de Sousa e Ricardo Famá

27 de nov. de 2012

ADVERTÊNCIA – CARTÃO AMARELO.


"Juiz (árbitro), esqueceu o cartão em casa?" Na sociedade futebolística é comum ouvir esta frase durante uma partida de futebol. Principalmente quando ocorre uma das infrações citadas na regra 12 (faltas e incorreções).

O cartão amarelo foi introduzido pela FIFA na Copa do México (1970) e o jogador inglês Lee foi quem recebeu o primeiro cartão. Essa introdução se fez necessária devido ao fato da dificuldade de comunicação entre os árbitros (regra 05) e os jogadores (regra 03), por causa dos diferentes idiomas dos países participantes. O cartão amarelo é apresentado para mostrar ao publico em geral que o jogador foi advertido.

Em suma, um jogador será advertido sempre que tiver uma atitude antidesportiva. E mais, se receber uma segunda advertência na mesma partida, este será imediatamente expulso do solo sagrado (campo de jogo – regra 01).

Todo o Jogador que persistir em infringir as regras (com pequenas infrações) ou perder tempo com a clara intenção de se beneficiar, também será advertido. Ou seja, o jogador que retardar o reinício do jogo chutando para longe a bola ou, levá-la nas mãos depois que o árbitro tenha apitado ou, cobrar um tiro livre (regra 13) em lugar errado com a deliberada intenção de obrigar o árbitro a ordenar a sua repetição ou, se colocar em frente à bola durante a execução de um tiro livre concedido a equipe adversária, será advertido.

Será advertido o jogador que fingir estar contundido, retardar sua saída do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) durante um processo de substituição (caminhando de forma lenta, parando para abaixar as meias ou retirar a caneleira), abandonar deliberadamente o campo de jogo, entrar ou voltar a entrar no campo sem permissão do árbitro, simular a intenção de lançar um arremesso lateral (regra 15), porém deixar de imediato a bola (regra 02) para um companheiro, retardar para cobrar um tiro livre, um tiro de meta (regra 16) ou tiro de canto (regra 17).

Todo o jogador que protestar contra a arbitragem, quer por meio verbal ou através de gestos também será advertido.

Por mais que seja permitida que o jogador expresse sua alegria no momento mágico do futebol, a celebração do gol (regra 10) não poderá ser excessiva, também não pode fazer gestos ofensivos, debochados ou provocantes, nem subir em alambrados ou tirar a camisa por cima de sua cabeça ou cobri-la com a mesma ou ainda se utilizar de mascaras ou algo similar. O jogador que fizer qualquer uma das situações citadas, também será advertido.

Uma crítica muito comum contra os árbitros é a não utilização de um mesmo critério na aplicação da advertência. Isso é claramente observado quando um jogador é advertido e logo em seguida comete outra falta também para advertência, e o árbitro não aplica a segunda advertência que consequentemente seria expulso.

Este tipo de atitude afeta seriamente a parte disciplinar da partida, dando ao árbitro o rótulo de juiz mediador, condenado sua atuação e criando ainda mais a animosidade deste ou daquele clube em relação sua imagem.

O árbitro não deve ter a postura de mediador, e sim, entender que a boa arbitragem passa pelo caminho da disciplina e da aplicação da Carta Magna (livro de regras) com consistência e sabedoria.

Por Valter Ferreira Mariano
Foto: árbitra assistente Graziele Crizol - Brasil

12 de nov. de 2012

É FALTA! PRA CARTÃO VERMELHO!


Vamos falar um pouco das faltas (regra 12) que leva o árbitro (regra 05) mostrar o cartão vermelho sem antes ter mostrado o cartão amarelo ao jogador expulso. Lembramos que a amostragem dos cartões é uma forma de comunicar o jogador (regra 03) e a todos que estão assistindo a partida (regra 07) que este foi advertido ou expulso.

O contato físico entre os jogadores é um aspecto normal e aceitável no futebol, pois é um esporte de competição. Porém nesta linha os jogadores devem sempre respeitar as leis do jogo e os princípios do FAIR-PLAY, ou seja, do JOGO LIMPO.

O jogo brusco grave é uma destas faltas punidas com cartão vermelho. O jogador é culpado de praticar esta ação ao empregar força excessiva ou brutalidade contra seu adversário no momento de disputar a bola em jogo.

Qualquer jogador que se atire sobre o adversário na disputa da bola, de frente, por detrás ou dos lados utilizando uma ou ambas as pernas, com força excessiva e colocando em perigo a integridade física do adversário, será culpado desta prática, sendo assim, expulso.

O jogador que se utilizar de uma entrada que ponha em perigo a integridade física de um adversário deverá ser punido como jogo brusco grave. Esta entrada é o chamado “carrinho”, expressão usada dentro da linguagem da sociedade futebolística. Também expulso diretamente.

Um jogador que aplique uma entrada violenta será punido com um cartão vermelho.

Uma entrada violenta é quando um jogador se lança com um ou os dois pés para frente, quer seja de frente ou às costas do jogador que tenha a bola sem tocar esta última; ou quando se atira com a clara intenção de parar o jogador de forma violenta e sem se importar em que na ação toque ou não a bola.

Outra situação onde será aplicado diretamente o cartão vermelho é a conduta violenta. Esta situação pode ocorrer quer seja dentro ou fora do solo sagrado (campo de jogo – regra 01). Um jogador será culpado de conduta violenta se usar força excessiva ou brutalidade contra um adversário sem que a bola esteja em disputa entre os dois.


Também será culpado se empregar esta força excessiva ou brutalidade contra o próprio companheiro de equipe ou qualquer outra pessoa.

O campo de jogo é para os jogadores darem espetáculos, com jogadas geniais, lances de tirar o fôlego do torcedor e não um ringue de luta. O futebol é um grande veículo de comunicação e educação, a sua prática é desenvolvida principalmente entre as gerações mais novas, desta forma vem à importância que seja praticado com muito FAIR-PLAY (JOGO LIMPO) em sua esfera profissional, pois estes são simplesmente o espelho deste esporte.

Por Valter Ferreira Mariano

24 de out. de 2012

BANDEIRINHA DE FUTEBOL.


Árbitra assistente Renata Marsal
Bandeirinha de futebol. Fascinante esta função! Correr pela lateral do campo, do lado de fora, no vai-e-vem, procurando sempre assistir ao seu companheiro, a sua senhoria, o árbitro. Uma função importante, sobretudo, quando o árbitro interrompe a partida e vai consultá-lo sobre o impedimento do atacante ou mão na bola dentro ou fora da área. Da sua boca sai à sentença – seja ela qual for. É mais do que um momento de glória. É um momento de verdade.

Acima descrevemos um pouco da função do árbitro assistente, também chamado na língua futebolística de “bandeirinha”. A sua função esta descrita na regra de nº 06, do livro de regras, ou seja, na Carta Magna do futebol.

Com a evolução constante do futebol, as tarefas do árbitro assistente tornam-se ainda mais importante, na medida em que o ritmo do jogo e o condicionamento físico dos atletas foram aumentando, a sua responsabilidade também foi ampliada.

O posicionamento, a comunicação e a cooperação, são fatores importantes para bom desempenho do árbitro assistente.

O árbitro assistente deve ter sua concentração focada simplesmente na partida, principalmente na marcação de impedimento (regra nº 11) e na obrigação de alertar o árbitro (regra nº 05) para as situações de que este não se apercebe. Deve demonstrar confiança e coragem em todas as decisões, especialmente naquelas que ocorrem dentro da área penal (campo de jogo – regra nº 01).

Um ótimo preparo físico é indispensável. Hoje planilhas de treinamentos são elaboradas especialmente para o árbitro assistente, diferentemente a ser seguida pelo árbitro. Estes treinos específicos descrevem muito as situações vividas durante uma partida de futebol, e assim a condição de acompanhar a jogada será uniforme até o final da mesma.

A utilização da bandeira continua ser a principal forma de comunicação entre o assistente e o árbitro. Assim sendo, este sinal deve ser de forma clara e segura, não é permitido levantar ou abaixar o instrumento rapidamente, sem que o árbitro veja este sinal e o entenda corretamente. Levantar e abaixar no meio do caminho a bandeira, ou seja, “pescar”, é uma postura de falta de concentração e gera duvida em futuras ações do árbitro assistente.

O árbitro assistente tem que saber que é humano, por sua natureza e passivo de erro. No entanto, somente com muito trabalho e dedicação, conhecimento das regras e observações nas atuações de seus companheiros, que os erros serão mínimos durante a partida.

Nota 1: O primeiro parágrafo é um resumo do texto "A verdade e a glória", de Carlos Heitor Cury.

Nota 2: “Ser árbitro é, antes de mais nada, uma norma moral”, frase do amigo e ex-instrutor da Federação Paulista de Futebol, Gustavo Caetano Rogério.

Por Valter Ferreira Mariano

18 de out. de 2012

Vídeo: Fatores que podem atrapalhar árbitro assistente (regra 06) nas suas tomadas de decisão.


Reportagem exibida no dia 18/03/2012 pela Rede Globo, no programa Esporte Espetacular, sobre ilusões sensoriais e perceptivas que podem atrapalhar o assistente na tomada de decisão de impedimentos (regra 11).


17 de out. de 2012

Mão na bola ou bola na mão?


Na sociedade futebolística, os termos “mão na bola ou bola na mão”, tem o mesmo significado. Esta incapacidade de identificar corretamente a diferença entre duas situações provoca inúmeros protestos contra os árbitros (regra 05) quando esta infração (regra 12) é punida ou deixa de ser punida.

Podemos iniciar o assunto, dando um exemplo de um jogador que se encontra numa “barreira” e um tiro livre direto (regra 13) é lançado e a bola bate em sua mão ou braço, que neste instante estava protegendo o seu rosto. Esta situação não deve ser interpretada como mão intencional e nenhuma infração deve ser marcada. Porém se ao invés de usar sua mão ou braço para proteger o seu rosto, este jogador (regra 03) eleva sua mão acima de sua cabeça, ampliando o seu corpo com a clara intenção de interromper a trajetória da bola, esta mão intencional deve ser punida com tiro livre direto ou penal (regra 14) se jogador estiver dentro da sua área penal (grande área).

Outra situação onde o jogador age sem prudência, buscando um dano, sem cautela, é quando sai para interceptar um cruzamento com ambos os braços totalmente estendido horizontalmente, ampliando o seu corpo e a possibilidade da bola bater em sua mão ou braço. Esta situação deve ser punida com tiro livre direto ou penal se o jogador estiver dentro da sua área penal.

Toda vez que a bola bater na mão ou braço, estando este rente ao corpo do jogador ou este se encontrar de costa para o lance ou ainda num bate e rebate a bola choca-se na mão ou no braço, o árbitro não deve interpretar como mão intencional, mesmo que esta ação provoque um desvio na trajetória da bola.

Recorda-se que a mão intencional é punida com tiro livre direto ou penal, se a infração for cometida dentro da área penal. Normalmente, não será aplicada uma advertência ou uma expulsão.

No entanto, será expulso o jogador que impeça com mão intencional um gol (regra 10) ou frustre uma oportunidade manifesta de gol. Essa punição não se deve à mão intencional, mas devido a intervenção inaceitável e antiesportiva que impede marcar um gol.

Porém existem duas circunstâncias nas quais, além de ser punido com tiro livre direto contra sua equipe, o jogador será advertido quando tocar ou golpear deliberadamente a bola para evitar que o adversário a receba ou tentar marcar um gol usando sua mão ou braço.

Portanto sempre que ocorrer uma destas situações, tente visualizar se houve uma tentativa de obter uma vantagem ilícita e desta maneira saberá se o árbitro soube interpretar corretamente ou não esta situação de bola na mão ou mão na bola.

Nota: Neste ultimo domingo (14) dois lances chamaram atenção por ser semelhante porem com visão diferente pelo árbitro destas partidas, Fluminense x Ponte Preta – Atlético x Sport, veja os vídeos e dê acordo com que você pode observar no texto acima tire sua conclusão deixando um comentário.






Por Valter Ferreira Mariano

9 de out. de 2012

DUAS BOLAS EM JOGO,. QUAL É A DECISÃO CORRETA QUE O ÁRBITRO DEVE TOMAR?

O PAPEL DO ÁRBITRO DE FUTEBOL.


O árbitro de futebol (regra 05) tem um papel muito importante, pois cabe a ele aplicar as regras, e de certa maneira, passa ter autoridade sobre tudo e todos que estão relacionados ao jogo. O problema é que muitos árbitros não conseguem arcar e nem entender este “poder” e acabam comprometendo muitos jogos perdendo-se dentro de própria autoridade. Isso conduz à falta de esportividade e, muitas vezes, até de educação.

O papel do árbitro é ingrato; ele corre mais do que os jogadores (regra 03), tempo todo. Este intruso que ofega sem descanso e tem como recompensa a sociedade futebolística exigindo sua cabeça. Do princípio ao fim de cada partida, ele é obrigado a seguir a bola (regra 02) que vai e vem entre os pés alheios. É evidente que adoraria brincar com ela, mas não lhe é permitido. Quando a bola, por acidente, bate em seu corpo, todo mundo lembra sua mãe. Pelo simples fato de estar ali, no solo sagrado (campo de jogo – regra 01) de grama ou de terra batida onde a bola gira e voa, ele aguenta insultos, vaias, pedradas, maldições e infelizmente agressões físicas.

Raramente toma uma decisão que coincide com a vontade de todos e nunca consegue provar sua inocência. Os derrotados perdem por causa dele e os vitoriosos ganham apesar dele. O árbitro é o álibi de todos os erros, explicação para todas as desgraças e a sociedade futebolística teria que inventá-lo se ele não existisse.

O árbitro trabalha juntamente com dois assistentes (regra 06) chamados, na linguagem futebolística, de bandeirinhas. Os bandeirinhas ajudam, mas não mandam, olham de fora. Eles ficam nas linhas laterais do campo (regra 01) para facilitar o trabalho do árbitro do jogo. Outra pessoa que o auxiliar e o quarto árbitro e na sua ausência, ele conta com o observador o chamado “mesário”, comum nos campeonatos da várzea, que ficara responsável pela parte administrativa da partida.

A Carta Magna do Futebol é simples, porém somente aquele que consegue enxergar através de seu espírito poderá ver o verdadeiro papel do árbitro. Como nós ele é simplesmente um ser humano.

Por Valter Ferreira Mariano

3 de out. de 2012

A MARGINALIZAÇÃO DO ÁRBITRO


A sociedade futebolística tem que se adaptar aos novos tempos da tecnologia, e vê os cidadãos do universo da arbitragem de futebol como seres humanos e pela sua natureza são passíveis ao erro.



Hoje se discute de forma leviana as atuações dos árbitros (regra 05) e dos árbitros assistentes (regra 06) os popularmente bandeirinhas, colocando em evidência erros cometidos ou decisões interpretadas de forma diferente. Erros registrados pelos olhos frios das câmeras de televisão. Erros sentenciado pelo “tira-teima”. Erro de centímetros, o pé do jogador, dando ou não a condição ao atacante em situação de fora de jogo (impedimento - regra 11). O árbitro assistente visto por esta parafernália eletrônica cometeu um erro capital, porém, se visto pelo olho humano, seria um erro?

Esta forma equivocada de observar uma partida de futebol, expondo a arbitragem como vilã, tirando toda a responsabilidade dos dirigentes, dos jogadores e treinadores, que na primeira divisão são contratados a peso de ouro com salários milionários, é algo injusto, é desumano!

Este conceito de responsabilizar a arbitragem pelo péssimo desempenho dos jogadores dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) vem progressivamente ganhando na mídia uma permuta cada vez maior do espaço, dando a entender que a arbitragem é realmente a causadora dos maus resultados.

A decorrência disso é a marginalização do árbitro e dos assistentes. Não duvidem que uma boa arbitragem seja tratada como mero caso à parte.

Por Valter Ferreira Mariano
Foto: álbun de foto do facebook: Celalettin Lutfi Bektas

25 de set. de 2012

O BODE EXPIATÓRIO!



Falar de futebol e não difamar a arbitragem é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa. A arbitragem é o tópico mais apurado quando o assunto é futebol. Infelizmente, sempre visto como o causador da derrota deste ou daquele time.

Jogadores (regra 03), dirigentes, torcedores e principalmente jornalistas esportivos não querem olhar o árbitro (regra 05) e seus assistentes (regra 06) como seres humanos que, durante uma partida de futebol, não conseguem ver tudo o que acontece no solo sagrado (campo de jogo - regra 01) para sempre tomarem decisões corretas. Onde há um ser humano certamente haverá erro.

Foto: Árbitro brasileiro Wilson Seneme está na lista dos 52 árbitros pré-selecionados para a Copa de 2014

Quando um jogador erra um pênalti (regra 14), é criticado imediatamente pelo torcedor. Este mesmo torcedor logo esquece que seu time desperdiçou grande oportunidade de gol (regra 10). Agora, quando a arbitragem deixa de marcar um pênalti que na opinião deste torcedor foi cometido, a arbitragem passa a ser a principal causa da derrota do time.

Os cartolas (dirigentes, na linguagem futebolística) gastam até o que não podem para montar seus elencos e vê a arbitragem como seu maior adversário. Sempre que derrotados logo comentam que o árbitro deixou de marcar uma penalidade máxima ou inventou uma, contra sua equipe. Consideram a arbitragem prejuízo financeiro (taxa de arbitragem) e de resultado (em caso de derrota). Esta opinião é exposta naturalmente nas entrevistas após jogo e no decorrer de toda semana que antecede a partida seguinte.

Treinadores e jogadores são outros que sempre se utilizam da arbitragem como bode expiatório para explicarem seus fracassos. Nunca a derrota veio por causa de uma escalação equivocada ou de um gol desperdiçado pelo atacante contratado a peso de ouro, um gol desperdiçado que vale a frase “até minha cozinheira faria este!”.

Os jornalistas esportivos são indiretamente o combustível para a criação dos bodes expiatórios. São eles que através dos olhos frios das câmeras de televisão apontam os erros da arbitragem, erros humanos! Equivocadamente, a maioria dos jornalistas esportivos não tem o conhecimento apurado da Carta Magna do Futebol (livro de Regras). Pergunto: como alguém pode opinar sobre um assunto em que é leigo?

Por Valter Ferreira Mariano

12 de set. de 2012

O ÁRBITRO DE FUTEBOL E O TORCEDOR.


O futebol exerce um papel importante na vida sócio-econômico-cultural do povo brasileiro, sua principal paixão desportiva. Costuma-se dizer que cada brasileiro é um técnico, um profundo perito no assunto, senhor da verdade, entretanto é leigo quando o assunto é as 17 regras que compõe a Carta Magna do futebol.

Quando esta na arquibancada, sua casa preferida, ele, torcedor, trava uma luta de emoções, vai do extremo da tristeza ao orgasmo da alegria em frações de segundo. Grita, canta, aplaude e principalmente fala mal do árbitro (regra 05) da partida, nunca concorda com as decisões dele, que ao contrario, é conhecedor das leis do jogo.

Arbitrar uma partida de futebol é uma arte, aqueles que estão dentro do solo sagrado (campo de futebol – regra 01) exercendo a nobre função são indivíduos lapidados, instruídos e condicionados para desenvolver toda sua potencialidade, a graça divina de apitar futebol.

O árbitro, através de sua simples presença, influencia a partida, induzindo os jogadores (regra 03) a evitarem as faltas (regra 12) ou aplica-las quando cometerem violações ás regras.


Ao contrario do que pensa ou imagina o torcedor e toda a sociedade futebolística, o árbitro não é inimigo, sua presença é para influenciar positivamente os jogadores, para não cometerem infrações e assim o jogo possa ser garrido e elegante, limpo, (Fair Play) decidido com o puro talento.

Assim todos devem entender que o árbitro é o principal elemento dentro do solo sagrado, sem ele não há partida de futebol, esta ali para interpretar e aplicar as regras quando necessário, sem prejudicar nenhuma das equipes. Desta maneira, estabelece que seja o conhecedor prévio e por isso não deve ser contestado sobre suas decisões por aqueles que são leigos no assunto.

Por Valter Ferreira Mariano

Foto 01: GASPAR NÓBREGA / Gazeta Press - Torcedor invade o gramado do estádio Brinco de Ouro, em Campinas, e ameaça assistente antes de cobrança de pênalti para o Flamengo - Campeonato brasileiro 2009.

Foto: 02: Árbitro Paulo Cesar Silveira com o seu assistente Mauro dos Santos, foto do site AN FUTEBOL.

22 de ago. de 2012

PADRONIZAÇÃO DE ATITUDES DENTRO DO UNIVERSO DA ARBITRAGEM DE FUTEBOL.



Padronização da arbitragem passa pela padronização das atitudes dos árbitros (regra 05) no desempenho da nobre função.

Em geral os árbitros deverão utilizar à mesma linguagem, procurando dar uma dinâmica semelhante em todas as partidas, não tratar cada jogo de uma forma diferente, não dando a devida importância para esta ou aquela (regra 07) partida, tratando um Corinthians x Palmeiras como o jogo da sua vida, e diminuindo a importância de um jogo valido pela segunda divisão, no qual sua atitude dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) demonstra o seu total descontentamento pela escala e pelo jogo em si.

Para obter uma sensível melhora da nobre função, os árbitros deverão ter em mente que todas as atitudes tomadas dentro do solo sagrado deverão ser aplicadas também na próxima partida, claro, somente as atitudes corretas e não importa o grau de dificuldade que a mesma possa ter o importante que ele, árbitro, tenha a mesma atitude, assim a padronização será alcançada e a excelência da arbitragem poderá ser obtida.

Os árbitros deverão ter um mesmo parecer, opinião, uma mesma atitude na aplicação da Carta Magna do Futebol (livro de regras). Não a necessidade ter a mesma opinião sobre política ou sobre qualquer assunto alheio a arbitragem. Eles deverão ter a mesma opinião nas questões atinente à nobre função. Dentro do universo da arbitragem de futebol não pode haver dois tipos de pensamentos ou dois pareceres, todos deverão ter o mesmo significado.

“Podemos ser feliz dentro de nossos lares, se há sempre divergência de opinião?” O mesmo se aplica na arbitragem, se os árbitros estão divergindo e não tendo a mesma atitude dentro do solo sagrado, não poderão obter uma padronização sólida, resultando no aumento das criticas sobre o desempenho a cada rodada.

Portanto, os árbitros deverão buscar a padronização das atitudes numa verdadeira comunhão com os companheiros, tratando os assuntos com a mesma visão, querendo assim elevar o grau de conhecimento e qualidade no desempenho da nobre função.

Por Valter Ferreira Mariano
Foto:  ex- árbitro Pierluigi Collina
Site da imagem: karllusbec.wordpress.com

25 de jul. de 2012

CONCEITO SOBRE ARBITRAR UMA PARTIDA DE FUTEBOL


1 - Arbitrar futebol é agir de forma tática, não física;

2 - Arbitrar bem futebol é dar mais importância ao tático e não ao técnico;

3 - A técnica faz parte das ações de cada árbitro, mas é precedida de tomada de decisão, ou seja, arbitrar futebol, ainda sim, é claramente um raciocínio e ação tática;

4 - Entender o jogo é mais importante do que quantidade de sprints, distância percorrida ou o gesto utilizado.

Por Silvia Regina de Oliveira

24 de jul. de 2012

ALIMENTAÇÃO DO ÁRBITRO DE FUTEBOL


Para realizar as tarefas da nobre função o árbitro (regra 05) tem que abrir mão de muitas coisas que por aventura possa gostar, uma delas é o tradicional churrasco de fim de semana com a família e ou com aos amigos.

Para ter um bom desempenho dentro do solo sagrado (campo de futebol – regra 01), existe certa interdependência entre uma alimentação balanceada e sua atividade física que irá exercer durante a partida.

Esta alimentação deve ser feita sempre que possível seguindo uma orientação de um nutricionista, entretanto podemos dizer que esta alimentação deve ocorre antes e depois da partida.

Ressaltamos a importância de não ir para jogo em estado de jejum, pois durante seu desempenho irá consumir muito carboidratos e na ausência deste seu corpo irá se utilizar de outra fonte de energia, por exemplo, as proteínas e este processo natural irá comprometer sua condição física de realizar a partida.

Para que o processo de alimentação seja completo procure fazer suas refeições (cinco por dia) diárias nos horários corretos, não exagerando, seu corpo depende destes alimentos, sua ausência poderá provocar fraqueza e indisposição, seu raciocínio será também afetado, sua visão do lance será desfocada e será vista sempre de longe, sua atuação estará condenada ao fracasso prejudicando o bom andamento da partida.

Também deve tomar cuidado para não ir pro jogo desidratado, os especialista indicam sempre que antes da atividade física deve-se ingerir bastante liquido independente de sentir ou não sede.

Como já dissemos acima é importante sempre seguir a orientação de um nutricionista que irá orientá-lo quanto a uma alimentação saudável que irá garantir seus objetivos sem prejudicar suas funções corporais e nem a nobre função.

Por Valter Ferreira Mariano

Foto (hidratação) Gety images

20 de jul. de 2012

Analisando as escalas do brasileirão


Este fim de semana, chegamos à décima primeira rodada do campeonato brasileiro de 2012. Hora de fazer um balanço das escalas na série “A” da competição.

Primeiro, e como referência, vejamos a distribuição que existiu no ano passado ao término da competição levando-se em conta os estados dos árbitros.

REFERÊNCIA BRASILEIRÃO SÉRIE “A”2011

Há um ditado no futebol que diz: – Estado forte, arbitragem forte. Pois 2012 vem mostrando que o ditado é verdadeiro. Com o retorno de Ponte Preta e Portuguesa a primeira divisão, os árbitros paulistas, que já eram os mais escalados no Brasil, estão recebendo uma fatia maior do “bolo de escalas”.

Como a CBF mantém o critério de escalar árbitros locais em jogos envolvendo equipes paulistas (o mesmo ocorre no Rio de Janeiro mas não em todos Estados) e levando-se em conta que temos 6 equipes deste Estado na primeira divisão, são 30 jogos “garantidos” durante o brasileirão (mais jogos que a arbitragem de estados tradicionais como Minas Gerais recebeu durante o brasileirão de 2011).

A comissão abriu uma exceção para o clássico Palmeiras e São Paulo onde escalou Péricles Bassols (prevendo uma alternativa caso o campeonato termine como no ano passado) mas “devolveu” a escala na mesma rodada onde Wilson Seneme atuou no clássico carioca entre Fluminense e Botafogo.

O que impressiona é o número de árbitros paulistas que já apitaram, ou apitarão, a primeira divisão deste ano. Com a estreia de Leandro Bizzio Marinho no jogo entre Corinthians e Portuguesa neste fim de semana, a escola paulista chega a 10 árbitros na competição contra 7 em todo ano passado. Além de Leandro, mais 4 árbitros que não haviam apitado a competição em 2011 “estrearam” na elite do futebol nacional: Raphael Claus, Marcelo Aparecido de Souza, Antonio Rogério Batista do Prado e Flavio Rodrigues Guerra.

Para se ter uma noção da força da arbitragem paulista na competição, seus árbitros apitaram 27,3% dos jogos do campeonato (30 em 110) contra os 18,7% de 2011 (71 em 380). De um total de 38 árbitros utilizados pela CBF na série “A”, 10 são paulistas.

Já o Rio de Janeiro, segundo em escalas em 2011 surpreende negativamente. os Cariocas, até o momento só tiveram 3 árbitros escalados contra 7 do ano passado (Péricles Bassols, Marcelo de Lima Henrique e Wagner Magalhães). Com isso, sua porcentagem de escalas caiu de 15,5 % em 2011 para 11,8 % este ano.

O Rio Grande do Sul segue sendo a terceira escola em números de escalas mantendo 5 árbitros na primeira divisão e praticamente o mesmo percentual de aproveitamento (11,3% em 2011 contra 11,8 % agora).

O Paraná dá uma subida, muito provavelmente por poder contar com Evandro Roman desde o início da competição chegando à 10,9% dos jogos. Os paranaenses  são, agora,  a quarta força já que o Distrito Federal, após a debandada de seus principais expoentes – Sandro Meira Ricci (PE), Wilton Pereira Sampaio (GO) e José de Caldas Souza (TO) – que haviam apitado 10,3% (39 jogos) das partidas de 2011, este ano não  teve 1 escala sequer na elite.

No quadro abaixo, além da subida natural dos estados de Pernambuco (com a chegada de Ricci) e Goiás (com a chegada de Wilton), o que mais chama a atenção é o baixo aproveitamento dos árbitros mineiros. Minas Gerais caiu de 7,1 % para 2,7% de aproveitamento em 2012. Aqui, vale ressaltar a ausência de Alicio Pena Junior, um dos mais experientes árbitros brasileiros que aguarda nova oportunidade nos testes físicos.

Confira abaixo o quadro completo das escalas por Estados no ano de 2012 levando-se em conta, inclusive, a rodada vindoura deste fim de semana.


REFERÊNCIA BRASILEIRÃO SÉRIE “A” 2012 – somente Estados com escalas em 2011






OBS: Este blogueiro deseja boa sorte aos estreantes em 2012 deste fim de semana: Além do já citado Leandro Bizzio Marinho (SP) em Corinthians e Portuguesa, estreiam na competição como árbitros centrais Paulo Henrique Godoi Bezerra de Santa Catarina (Internacional e Atlético GO) e Edivaldo Elias da Silva do Paraná (Palmeiras e Náutico).


Por  Leonardo Gaciba

10 de jul. de 2012

DICAS DE UMA BOA IMAGEM


A imagem do árbitro de futebol (regra 05) passa pela sua aparência, um corte de cabelo simples que não chame atenção, uma barba bem feita, um conjunto de roupa social, um sapato bem engraxado, uniforme bem arrumado e equipamentos limpos e bem cuidados, lembramos o árbitro sempre será o foco central antes, durante e depois da partida e por isso deve está bem apresentado.

Rafael Cesar Fernandes - Valter Ferreira Mariano - Graciana Fernandes Paganini 


Ao chegar ao estádio ou campo de futebol se apresente aos dirigentes de forma cordial, inicie bem o encontro com um aperto de mão seguro e firme, não exagerem na força, não é recomendado tapinhas nas costas e nem abraços, isso pode demostrar certa afinidade por este ou aquele dirigente, isso não é bom para imagem do árbitro.

Um sorriso reflete sua felicidade por esta neste jogo, o sorriso em si demostra o seu contentamento em ser o árbitro da partida e a felicidade trás bons fluidos e tira a ansiedade e a preocupação de mostrar que a escolha de seu nome foi acertada, porem não passe tempo todo sorrindo, esta atitude pode ser mal compreendida trazendo certo desconforto na relação com os jogadores durante a partida.

Sempre tenha uma boa dicção, fale sempre com um tom de voz onde todos possam compreender, não utilize de palavras ofensivas ou debochastes isso pode ser tornar uma arma contra sua arbitragem e trazendo problemas no relacionamento com os jogadores e seus treinadores.

Ouvir antes de falar é sinal de educação e humildade, mostra sua capacidade de ingerir uma possível critica durante a partida, mostra que não é uma pessoa afobada,

Seja sempre uma pessoa gentil e educada principalmente com seus companheiros de trabalhos, sempre utilize de frases simples que possam trazer harmonia ao local de trabalho, um simples bom dia, por favor, com licença e obrigado são palavras que traduz sua maneira de não ser achar que superior e sim uma pessoa amiga, disposto a dividir seu status de comandante com os demais companheiros.

Por Valter Ferreira Mariano

5 de jul. de 2012

FIFA aprova uso da tecnologia para o gol; entenda como funciona


A FIFA anunciou que a tecnologia vai entrar em campo a partir do Mundial de Clubes-2012. Foi aprovado pela International Board (órgão que regulamenta o futebol) o uso do recurso eletrônico para confirmar se foi gol ou não. A bola (Regra 02) terá um chip e o aviso se a bola entrou ou não será enviado ao árbitro por um sistema de antenas.



O recurso será utilizado pela primeira vez no torneio no Japão, no fim do ano, com a presença do Corinthians, campeão da Copa Libertadores na noite de quarta, e o Chelsea, atual campeão da Champions. Depois, será utilizado na Copa das Confederações-2013 e na Copa do Mundo-2014, ambos no Brasil. Foram nove meses de avaliações em partidas na Inglaterra, Alemanha, Hungria e Itália.

Esta é uma mudança de rumo marcante na história de 127 anos da entidade, que não permitia o uso do recurso com a alegação de que isso tiraria a semelhança da modalidade com a vida e lhe tornaria sem sentimentos, pela precisão que passa a ter e o consequente fim de discussões --que serve para aumentar o envolvimento do torcedor no jogo.

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, foi contra durante anos, mas mudou a opinião pelos protestos por erros principalmente na Copa do Mundo-2010, na África do Sul, e na última Euro-2012, na Ucrânia e na Polônia.

Os jogos de futebol também poderão ter também cinco árbitros (um principal mais quatro auxiliares --um em cada fundo de campo e um em cada lateral do campo).

E o uso do véu nas partidas entre as mulheres também foi permitido. Isto era uma exigência dos países islâmicos, já que a peça é parte de sua rotina.

DOIS SISTEMAS

A marcação do gol (Regra 10) pela tecnologia poderá feita de duas maneiras neste momento, segundo a FIFA.

No método GoalRef, a tecnologia é por campo magnético. O sistema cria uma estrutura de ondas de rádio equivalente a uma cortina de luz --baixos campos magnéticos são produzidos em volta do gol. Assim que a bola com o chip cruza a linha completamente é detectada uma pequena alteração no campo magnético e o sinal de confirmação de gol (vibração e mensagem no relógio) é enviado ao árbitro, inclusive permitindo determinar a posição exata da bola.

O outro sistema é o Hawk-Eye, com tecnologia da linha do gol utilizando câmera. Utiliza de seis a oito câmeras de alta velocidade, posicionadas em ângulos diferentes em cada uma das extremidades do campo, para calcular a posição exata da bola. As informações das câmeras são transferidas para um software de vídeo e, a partir desses dados, o sistema gera uma imagem gráfica (3D) da trajetória da bola. Em menos de um segundo, o árbitro (Regra 05) e sua equipe são informados sobre a ocorrência ou não do gol.

Para usar, o interessado (organizador da competição, clube ou operador do estádio) depende da obtenção do licenciamento dos métodos pela entidade mundial, processo que começa a partir de agora. É preciso instalar no estádio e pedir a aprovação da FIFA. Só após o teste no local é que ele está liberado para uso. O custo de cada método não foi divulgado.

25 de jun. de 2012

RUMO AO SUCESSO DENTRO DO UNIVERSO DA ARBITRAGEM DE FUTEBOL.


Para se obtiver sucesso dentro do universo da arbitragem de futebol não importa a formação acadêmica do árbitro e nem sua vasta experiência dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01), o que realmente vai fazer a diferencia será sua dedicação a nobre arte de apitar.


Uma analise pessoal de seu desempenho a cada jogo pode fornecer dados importantes para rever alguns conceito e postura que estão inibindo sua caminhada dentro da nobre função, assim pode a si mesmo corrigir, dando passos seguros rumo ao sucesso.

Árbitro: Luis Wilson Seneme - FIFA/SP - Brasil


Sua dedicação será o retrato de sua imagem dentro do solo sagrado, terá que abrir mão de uma vida social noturna, daquelas cervejas de fim de semana, não terá ao logo da carreira direito de esta sempre com sua família aos domingos, pois sua dedicação terá que ser extrema e incansável, as horas dedicadas não será de valia se elas não forem eficientes e bem aproveitadas.

Focar e trançar seus objetivos são maneiras de seguir rumo ao sucesso, estes objetivos não pode em nenhum momento ser confundido com sonhos, objetivos são reais, são tangíveis, tem forma clara e são planejados, pode ser perfeitamente alcançados e realizados.

Certo de seus objetivos cabe ao árbitro demostrar sua dedicação a nobre função, será ela que vai mostrar o caminho rumo ao sucesso dentro do universo da arbitragem de futebol.

Por Valter Ferreira Mariano

21 de jun. de 2012

O árbitro é um líder, eis a questão.


Os intensos investimentos em futebol em sua esmagadora maioria são restritos aos clubes, que faz na logística e recursos humanos. Mas com o passar do tempo verifica-se que os investimentos devem ir mais além que estes quesitos, pois uma figura que passa despercebida e que é tão antigo quanto o próprio futebol, mas não há o investimento mínimo para que o esporte seja um espetáculo, sem intervenções e apenas com a aplicação das regras do jogo, que move paixões e cifrões. Esta pessoa é o árbitro de futebol.

Treinamento - árbitros - FIFA/CBF  São Paulo



Segundo alguns estudos, há cerca de oitenta mil árbitros de futebol em diversos campeonatos ao redor do mundo. O árbitro é tão importante para o futebol, que sem ele não pode ocorrer uma partida, isto é orientação da Internacional Football Association Board, e não apenas um, mas uma equipe completa, árbitro, árbitros assistentes, quarto árbitro, árbitros adicionais, observadores, e outros entendedores das regras do jogo.

Não é regra, mas nós árbitros, ainda somos tratados como “coisas”. É claro que os produtos e serviços são indispensáveis e ajuda muito em nossas vidas, é quase impensável vivermos sem computador, sem internet e outras “coisas” modernas.

Mas muitas federações visualizaram este problema e está dando, em pequenos passos, o aprimoramento mínimo para que possamos ter dignidade de sermos árbitros de futebol. Pois, se não houver este aprimoramento contínuo, corremos o risco de nos tornarmos em menor ou maior grau, pessoas “coisificadas”.

O árbitro de futebol foi criado para ajudar o esporte, para cumprir as regras e fazer com que estas sejam cumpridas. Suas decisões não podem ser contestadas, são sem apelo. São tantos os fatores que podem interferir em uma arbitragem que fica difícil discuti-los todos aqui, mas com o aprimoramento ideal, as federações podem minimizar estas interferências a quase zero.

Os árbitros não são coadjuvantes, são pessoas, em sua maioria, altamente especializadas e capacitadas no que faz, que concorre para um fim comum, que é fazer de uma partida de futebol um espetáculo cada vez melhor.

Até a próxima!
Prof. Mauro Viana

13 de jun. de 2012

O ÁRBITRO


O árbitro de futebol popularmente chamado de juiz é o responsável por fazer cumprir a Carta Magna do Futebol (Livro de Regras), o regulamento e o espírito do jogo, intervir sempre que necessário, no caso quando uma regra é violada ou algo incomum ocorre. Geralmente os árbitros são designados ou nomeados pelas confederações, federações e ou associações que estão inscritos.

Ao centro o árbitro Alexandre Freitas Ferreira eleito melhor árbitro da 13ª Copa Metropolitana de Futebol Amador - RMC

 No futebol, esporte regulado pela FIFA, a figura do árbitro está prevista na regra cinco da Carta Magna. A partida de futebol também conta a presença de mais dois árbitros assistentes, também conhecidos como bandeirinhas, e com um quarto árbitro (ou árbitro reserva), em algumas competições oficiais com autorização da FIFA têm mais dois árbitros que são chamados de adicionais.

Cada regulamento de competição determina quem deverá substituir quem, caso algum dos componentes da equipe de arbitragem não se sinta bem, se lese ou falte à partida à qual foi designado. Os árbitros assistentes estão previstos na regra seis.

 As regras do jogo são revistas e, se necessário, modificadas, na reunião anual realizada pela entidade International Football Association Board (IFAB). Esta entidade é composta por oito cadeiras: quatro da FIFA e mais quatro dos países fundadores (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda).

Cada partida é dirigida por um árbitro, o qual terá autoridade total para fazer cumprir as regras do jogo para o qual tenha sido designado. Ele trabalhará em cooperação com os árbitros assistentes e o quarto árbitro.

Segundo a regra, as decisões do árbitro sobre fatos em relação ao jogo são definitivas. O árbitro poderá modificar a sua decisão unicamente quando percebe que é incorreta ou, se o julga necessário, conforme uma indicação por parte de um árbitro assistente, sempre que ainda não tenha reiniciado ou terminado a partida.

No Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é quem publica e faz cumprir as determinações expedidas pela FIFA. A Carta Magna do Futebol pode ser encontrada no site: CBF (Livro de regras)

Por Valter Ferreira Mariano