Blog voltado para divulgação das 17 regras da Carta Magna do Futebol
30 de nov. de 2010
Os 10 mandamentos do árbitro português
Para ser um bom árbitro, não basta ser conhecedor do espírito das Leis do Jogo. É necessário que o profissional seja também uma pessoa educada e humilde, sem arrogância nem timidez, e que obedeça aos padrões da boa educação e do civismo. A partir desta consideração, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol elaborou o documento "Recomendação de normas de comportamento dos árbitros de futebol e de futsal", que, inclusive contém um decálogo comportamental a ser seguido pelos homens do apito lusitanos, um documento que deve andar sempre com o árbitro. Confira as orientações da FPF. 1- I NTRODUÇÃO O Futebol evoluiu consideravelmente nos últimos anos e a competitividadedas das provas aumentou. Dois elementos são indispensáveis à saúde do futebol: o nível do futebol no terreno de jogo e o comportamento dos jogadores, dos árbitros, dos treinadores e dos dirigentes. Sempre que os árbitros falham e os jogadores recorrem a simulação de faltas, lesões ou outros expedientes dilatórios, que pessoas duvidam da integridade do árbitro ou que adeptos incitam à violência e perturbam os jogos, a imagem do futebol que fica prejudicada. No âmbito de uma reflexão permanente sobre os sistemas de ensino utilizados para a formação de um Árbitro de futebol, durante os cursos de árbitros temos vindo a colocar desafios pedagógicos no sentido de desenvolver normas de comport amento. O nosso objectivo com este documento de reflexão é continuar a proporcionar um espaço de reflexão sobre normas de comportamento e dar o apito inicial para a criação de um modelo aplicável a todos os árbitros de futebol. Assim, para o conseguirmos, procuraremos reunir os conhecimentos da experiência com os da teoria científica. O que é a Moral? É o conjunto de faculdades de espírito respeitante ao plano ou foro interno e ao respeito humano. A Ética ÉTI CA é a ciência que estuda a moral e os bons costumes. É uma parte da Filosofia que trata da moral e das obrigações do Homem. Não considera o homem sozinho consigo mesmo, mas considera também os seus actos ao entrar em interacção com os que o rodeiam. Não pretendemos ser normativos nem legislar um semelhante tema. Simplesmente apresentamos elementos que ajudem a conhecer, a pensar, a medir para alcançar a meta desejada. Desejamos ter bons árbitros, nas vertentes técnica e comportamental. 2 - QUALI DADES HUMANAS E RELACIONAIS DO BOM ÁRBITRO: Personalidade É o conjunto das posições, impulsos, desejos, tendências instintivas e biológicas juntamente com todos os conhecimentos adquiridos através da vida. Aptidões Morais A honestidade é a compostura, decência e moderação, da pessoa, das suas acções e palavras. É a condição básica para aspirar converter-se num grande árbitro. Sem ela não pode haver equidade, objectividade, imparcialidade, e por fim justiça. O conjunto de aptidões morais baseadas na honestidade é o que forja a conduta ética imprescindível para cada contacto, cada relação, um qualquer momento. Consideramos que o árbitro enquanto ser humano deve ser honesto consigo mesmo, com os que dirige, com os seus companheiros, com toda a sociedade. Honesto consigo mesmo: a partir de uma sincera autocrítica, sabendo ouvir, admitindo os seus erros e tentando corrigi-los. Honesto com os que dirige: no tratamento respeitoso e na função. Na imparcialidade e serenidade necessárias para resolver problemas. Com equilíbrio no procedimento e justiça na acção. Exercício da autoridade A autoridade, não deve impor-se mas sim ganhar-se, através das aptidões pessoais de cada indivíduo. Deste modo o árbitro recebe o seu poder da própria Lei do Jogo, e obtém a sua fiabilidade através da designação, do Organismo competente. Sancionar uma falta não significa humilhar, mas sim ensinar o que se deve fazer. Avaliação e Decisão Avaliar não é meramente observar. Avaliar é entender tudo o que rodeia a acção um determinado momento. Não é olhar fixamente a bola mas sim as pernas em disputa com ela, sentir a envolvente para melhor julgar. Controle Emocional É uma aptidão essencial para julgar com equidade, sem descontrole, que costuma levar a cometer injustiças difíceis de analisar, porque o coração dominou a mente. O controle emocional deve ser um objectivo permanente de toda a actividade do árbitro em cada minuto da partida, bem como o EQUILÍ BRI O para desenvolver o verdadeiro exercício da autoridade conferida. Humildade É a virtude consistente do reconhecimento da própria dimensão; é despojar-se de actos de vaidade e de autoritarismo. Respeito O árbitro deverá saber ler o comportamento dos jogadores para poder intervir pronta e eficazmente e controlar a situação, de modo cortês e pedagógico. Conhecimento da Lei O árbitro não é um líder eleito pelos intervenientes no jogo, mas sim representante do Órgão Federativo. Por isso deve impor-se naturalmente pelo saber, pelo comportamento e pelo juízo das situações de acordo com os regulamentos. Tratamento adequado da Disciplina e da Ordem Isto não é mais do que a oportunidade de aplicação dos diferentes passos disciplinares: admoestação, advertência, expulsão. Estes três elementos representam, como as luzes de um semáforo, o verde da prevenção, o amarelo da repreensão e o vermelho da exclusão do sistema ordenado em que se deve desenvolver um encontro de futebol. O árbitro lidera legitimamente, pela lei e pela autoridade conferida e a aceitação dessa autoridade atinge-se através da credibilidade. Só desenvolvendo intensamente, com convicção os valores enunciados - latentes e comuns a si mesmo - impondo ele próprio o seu estilo pessoal, a autoridade emergirá, sadia, limpa e absolutamente credível. Tal como expressamos na introdução, não pretendemos dar receitas mágicas, nem um código normativo; daremos sim, alguns elementos, valores necessários para conseguirem uma maior credibilidade. 3 - PRINCIPIOS ÉTICOS A integridade da arbitragem reside na integridade de normas de comportamento individual de cada árbitro ou agente da arbitragem. Justiça e imparcialidade - os árbitros devem estar livres de obrigações com quaisquer outros interesses que não o do julgamento dos jogos que arbitra. As decisões influenciadas por preconceitos pessoais são desonestas e inaceitáveis. Os árbitros devem estar conscientes que qualquer coisa que possa conduzir a conflito de interesses, real ou aparente, deve ser evitado. Dignidade e cortesia - Os árbitros devem tratar os seus colegas e outros agentes desportivos com respeito, reconhecendo como imprópria a crítica pública dos mesmos. Seriedade e honestidade - Os árbitros devem procurar eliminar da actividade desportiva as práticas que desacreditam a arbitragem. Responsabilidade - De agir com rigor no desempenho das suas funções. 4 - CÓDI GO DE NORMAS DE COMPORTAMENTO I - Demonstrar respeito através de palavras e actos, para com os colegas Árbitros, Técnicos, Jogadores, Dirigentes, Médicos, Massagistas e Adeptos. I I - Recusar a intimidação e a simulação de faltas ou lesões. I I I - Defender a arbitragem e o futebol contra o racismo, a violência, a corrupção e os abusos. I V- Respeitar as Regras, as Leis do Jogo, os Regulament os, as Instruções de Fair-Play, etc. V- Aceitar as classificações com dignidade. VI - Procurar sempre os melhores desempenhos e comportamentos. VI I - Partilhar os conhecimentos de modo a desenvolver a arbitragem. VI I I - Aceitar a responsabilidade dos actos. I X- Ter consciência das consequências de uma linguagem emocional e de um comportamento negativo. X- Encorajar uma arbitragem técnica, correcta, sem incidentes e honesta. Federação Portuguesa de Futebol - Conselho de Arbitragem Fonte: Referee Tip |
24 de nov. de 2010
Stress, isso derruba o árbitro!
O árbitro de futebol é um ser humano como qualquer outro, sujeito a todas as situações que uma pessoa pode passar e ter todos os problemas, do financeiro ao de saúde.
O stress é um problema de saúde mais comum entre os árbitros de futebol, provocado por inúmeros fatores relacionados a arbitragem. São fatores externos e internos relacionados com a partida que irá atuar.
O árbitro sofre com a ansiedade como qualquer outra pessoa. Mas algunsescondem esta ansiedade dentro de uma falsa tranqüilidade, rejeitando qualquer tipo de relaxamento mental e físico. Mas, com essa atitude, simplesmente estão colocando mais lenha na fogueira, aumentando a pressão em seu estado emocional e colocando a sua atuação em risco, podendo prejudicar o bom andamento da partida.
Podemos numerar vários fatores que contribuem para este estado de stress. Iniciamos com medo, medo de não errar principalmente num lance capital, que possa alterar o resultado da partida. Este medo vem da falta de confiança no espírito de aplicar as regras, não por não conhece-las, mas de errar ao aplicá-las.
Esta falta de confiança pode ser ampliada quando observa um erro do seu assistente, e passa a duvidar da credibilidade de futuras ações do mesmo. Isso é ruim, pois a partir deste instante ele imagina estar sozinho na partida, sem ningém a quem possa recorrer.
A preocupação com sua forma física é outro fator que incomoda o bom desempenho do árbitro. Um péssimo condicionamento físico reflete o descaso do árbitro para com sua profissão e compromete o andamento da partida, colocando sempre em dúvida o que esta marcando, pois sempre estará longe do lance. Também terá sempre um foco de visão muito prejudicado, aumentando a possibilidade de um erro capital que poderá mudar o resultado final da partida.
Nervosismo excessivo e dormir mal na noite anterior da partida são outros fatores que soma para o stress do árbitro.
A torcida é um fator que todos os árbitros não dão conta de sua importância e influência dentro da partida. Esta importância e influência pode ser verificada quando o árbitro marca um falta e em seguida recebe uma sonora vaia, em sua mente cria-se a dúvida, “marquei certo ou não”. Esta dúvida não pode existir, pois deve saber que a torcida sempre ver o lance com o coração e nunca com a razão.
Os árbitros em geral têm grande dificuldade em lidar com a crítica sempre destrutiva e ofença vindo dos atletas, técnicos, dirigentes, imprensa e torcedores. Ela se torna no principal motivo de abandono da carreira. Isso é mais comum nos árbitros mais jovens, que apresentam um índice de abandono maior que os experientes.
A capacidade de reagir a tais situações, de analisar seus erros, de ter uma preparação física mais adequada e de desenvolver sua técnica de arbitrar não são suficientes, segundo os conhecedores da matéria. É de vital importância que o árbitro tenha no sangue o prazer e a satisfação de estar dentro de campo apintado uma partida de futebol como sendo a sua mais importante, isso é simplesmente sua aptidão para ser um árbitro de futebol.
Por Valter Ferreira Mariano
O stress é um problema de saúde mais comum entre os árbitros de futebol, provocado por inúmeros fatores relacionados a arbitragem. São fatores externos e internos relacionados com a partida que irá atuar.
O árbitro sofre com a ansiedade como qualquer outra pessoa. Mas algunsescondem esta ansiedade dentro de uma falsa tranqüilidade, rejeitando qualquer tipo de relaxamento mental e físico. Mas, com essa atitude, simplesmente estão colocando mais lenha na fogueira, aumentando a pressão em seu estado emocional e colocando a sua atuação em risco, podendo prejudicar o bom andamento da partida.
Podemos numerar vários fatores que contribuem para este estado de stress. Iniciamos com medo, medo de não errar principalmente num lance capital, que possa alterar o resultado da partida. Este medo vem da falta de confiança no espírito de aplicar as regras, não por não conhece-las, mas de errar ao aplicá-las.
Esta falta de confiança pode ser ampliada quando observa um erro do seu assistente, e passa a duvidar da credibilidade de futuras ações do mesmo. Isso é ruim, pois a partir deste instante ele imagina estar sozinho na partida, sem ningém a quem possa recorrer.
A preocupação com sua forma física é outro fator que incomoda o bom desempenho do árbitro. Um péssimo condicionamento físico reflete o descaso do árbitro para com sua profissão e compromete o andamento da partida, colocando sempre em dúvida o que esta marcando, pois sempre estará longe do lance. Também terá sempre um foco de visão muito prejudicado, aumentando a possibilidade de um erro capital que poderá mudar o resultado final da partida.
Nervosismo excessivo e dormir mal na noite anterior da partida são outros fatores que soma para o stress do árbitro.
A torcida é um fator que todos os árbitros não dão conta de sua importância e influência dentro da partida. Esta importância e influência pode ser verificada quando o árbitro marca um falta e em seguida recebe uma sonora vaia, em sua mente cria-se a dúvida, “marquei certo ou não”. Esta dúvida não pode existir, pois deve saber que a torcida sempre ver o lance com o coração e nunca com a razão.
Os árbitros em geral têm grande dificuldade em lidar com a crítica sempre destrutiva e ofença vindo dos atletas, técnicos, dirigentes, imprensa e torcedores. Ela se torna no principal motivo de abandono da carreira. Isso é mais comum nos árbitros mais jovens, que apresentam um índice de abandono maior que os experientes.
A capacidade de reagir a tais situações, de analisar seus erros, de ter uma preparação física mais adequada e de desenvolver sua técnica de arbitrar não são suficientes, segundo os conhecedores da matéria. É de vital importância que o árbitro tenha no sangue o prazer e a satisfação de estar dentro de campo apintado uma partida de futebol como sendo a sua mais importante, isso é simplesmente sua aptidão para ser um árbitro de futebol.
Por Valter Ferreira Mariano
10 de nov. de 2010
24 horas da partida
As 24 horas que antecede a partida, são de vital importância para o árbitro de futebol. Neste período todos os cuidados deverão ser tomados, como uma boa noite de sono. Baladas! Nem em sonho, muito menos ingerir bebidas alcoólicas. Se fumar, deve diminuir a quantidade de cigarros, o ideal é não fumar.
Ter em mente que todos os cuidados foram tomados, garante ao árbitro a certeza que a sua arbitragem será ótima. O seu desempenho físico e mental passará à todos que é conhecedor do espírito das 17 Regras, aplicando-as próximo do lance e com total nitidez, inibirá qualquer tipo de reclamação, passando a ser respeitado e ganhando a confiança dos jogadores. Por outro lado, o árbitro que não deu a devida importância à noite anterior, será castigado pelo seu corpo e mente, onde a fadiga e o raciocínio lento prejudicarão a partida, sem contar o mau hálito causado pelo consumo da bebida alcoólica.
No dia da partida, o árbitro deve fazer uma alimentação com alimentos de forte poder nutritivo, a alimentação à base de saladas é aconselhável (consultar um nutricionista) para quem em poucos momentos depois terá que empregar suas energias sem a menor reserva. Beber apenas água, já que qualquer bebida alcoólica proporciona energias apenas momentâneas, que logo se convertem em forças diminuídas.
O árbitro deve ter-se alimentado pelo menos duas horas antes do jogo. O estômago em pleno processo de digestão entorpecerá seu trabalho, sentir-se-à pesado, as idéias chegarão ao cérebro tardias e confusas. Na arbitragem a rapidez de raciocínio fará a diferença entre a boa e a má atuação do árbitro.
O verdadeiro árbitro profissional busca na ciência formas de lapidar sua nobre função. Buscar o apoio de um nutricionista é uma delas.
Por Valter Ferreira Mariano
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